Bolsonarista que ameaçou Lula e ministros do STF fica em silêncio na PF
O militante bolsonarista Ivan Rejane Forte Boa Pinto ficou em silêncio hoje durante depoimento à PF (Polícia Federal). Ele foi preso em Belo Horizonte (MG) após divulgar vídeos com ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ameaças de morte a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A audiência de custódia dele será amanhã, às 11h, no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG).
"Cientificado de que, caso tenha envolvimento com os fatos criminosos investigados, tem o direito de permanecer em silencio, de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado, Ivan respondeu que seu advogado encontra-se no interior do Minas Gerais, nesta data, e não poderá acompanhá-lo durante a oitiva e que, nesse sentido, prefere manter-se em silêncio e não responder as perguntas formuladas", mostra o termo de declaração do bolsonarista, a que o UOL teve acesso.
A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois de a PF afirmar que o bolsonarista usa canais e perfis em redes sociais para incitar atos de violência. Na descrição do material apreendido hoje pela PF, a que o UOL também teve acesso, a corporação cita um notebook e um aparelho de celular. "Após os policiais se identificarem, Ivan se recusou a abrir o portão, momento em que foi necessário usar a força para abrir o portão de entrada. Depois, os trabalhos se seguiram na normalidade", diz a PF nos autos de busca e apreensão.
A PF destacou que as condutas de Ivan podem ser usadas para impulsionar o extremismo do discurso de polarização e antagonismo, por meios ilegais. "Publicações de ameaças contra pessoas politicamente expostas têm um grande potencial de propagação entre os seguidores do perfil, principalmente considerando o ingrediente político que envolve tais declarações", diz a corporação.
Audiência de custódia será amanhã
O ministro Alexandre de Moraes designou que a audiência de custódia de Ivan, por videoconferência, seja presidida pelo desembargador Airton Vieira. "O presídio em que se encontra custodiado o preso disponibilizará o equipamento necessário para a realização do ato, bem como sua intimação e de seus patronos. Diante da urgência, encaminhe-se cópia desta decisão à autoridade policial, com força de ofício", escreveu Moraes.
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