Bolsonaristas comemoram notícia falsa sobre prisão de Alexandre de Moraes
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado na eleição, comemorou a suposta prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A notícia, no entanto, é falsa.
No vídeo que viralizou pelas redes sociais, um homem não identificado lê o falso documento com o pedido de prisão do magistrado, que virou o alvo favorito de bolsonaristas.
"Já chegou aqui... Prestem atenção, gente. Olhem o que eu vou ler aqui, tá? Foi pedido agora, através do senhor Wilson Korossawa, brasileiro, divorciado, advogado, de Belo Horizonte... prisão em flagrante do ministro Alexandre de Moraes", disse o rapaz.
Após a fala, são ouvidos gritos de comemoração e fogos de artifício.
Na sequência, o rapaz —que rejeita o rótulo de líder da manifestação— emenda. "Então, já foi feito esse pedido. Ele já está a caminho. Mas a gente sabe que a Justiça brasileira é devagar, mas a prisão em flagrante do ministro Alexandre de Moraes já foi protocolada", afirma.
O repórter da Rádio Gaúcha Cid Martins, flagrou a reação de um outro grupo de bolsonaristas —desta vez, em Porto Alegre (RS)— comemorando a falsa notícia que se espalhou entre os conservadores. (Assista abaixo)
"Bolsonaristas que pedem a intervenção militar comemoram a notícia 'fake' nas imediações do Comando Militar do Sul em Porto Alegre. Por volta das 16h, um dos manifestantes acionou outros após receber vídeo falso sobre prisão do ministro Alexandre de Moraes", descreveu o jornalista, em seu perfil no Twitter.
Moraes virou o alvo número 1 de grupos bolsonaristas depois que o magistrado da Suprema Corte passou a atuar no combate às fake news e tomar decisões que desagradaram a aliados políticos de Bolsonaro e, por consequência, a movimentos conservadores.
O próprio Bolsonaro já chamou Moraes de "patife", "moleque", "canalha", "vagabundo" e "ditador".
Não bastassem os xingamentos, Moraes também foi acusado por alguns bolsonaristas de favorecer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou Bolsonaro na eleição do último domingo (30).
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