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PM diz que ato golpista em Brasília foi de 'colaborativo' a 'violento'

Do UOL, em São Paulo

13/01/2023 17h42Atualizada em 13/01/2023 18h13

Cinco dias após os atos golpistas que deixaram um rastro de destruição na praça dos Três Poderes, a Polícia Militar do Distrito Federal disse que a instituição sempre atua "nos mais rígidos parâmetros de segurança" para "preservação da ordem pública".

Até o início da tarde, os manifestantes se comportavam de maneira colaborativa, quando de forma abrupta passaram a hostilizar e entrar em confronto violento com os policiais militares, conseguindo invadir os prédios dos Três Poderes".
PMDF sobre domingo (8)

A polícia ainda disse que:

  • Houve planejamento "conjunto com outros órgãos distritais e federais de segurança pública" para adotar "protocolos para reforçar o policiamento preventivo na região central de Brasília";
  • Informou aos manifestantes na capital que certas vias estavam restritas, "de forma a garantir o tráfego e a segurança da população";
  • "Dezenas de policiais militares do DF foram feridos durante as ações, sendo vários com gravidade".

PMs foram flagrados tirando selfies e comprando água de coco durante os ataques golpistas em Brasília no domingo. As investigações sobre eles ainda estão em andamento, mas especialistas explicam que militares que transgridem regras ou cometem crimes podem sofrer punições, dependendo da forma como o caso será investigado.

  • Uma das consequências possíveis é a exoneração -- quando um militar em posto de comando deixa esse cargo. Nesses casos, o militar é colocado em outra função, caso não peça para ir para a reserva (aposentadoria).
  • Tecnicamente, a exoneração do cargo de confiança não é uma espécie de punição militar --é uma resposta imediata a um caso de crise. O militar exonerado não deixa a corporação: apenas para de executar o cargo de confiança que desempenhava anteriormente.

Governador afastado culpa SSP (Secretaria de Segurança Pública). Ibaneis Rocha (MDB) responsabiliza integralmente a Secretaria, então comandada por Anderson Torres, por garantir a segurança contra os atos de domingo. A afirmação ocorreu hoje em depoimento à Polícia Federal.

No depoimento, ao qual o UOL teve acesso, Ibaneis falou que estava sendo informado da movimentação dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo secretário interino Fernando Oliveira, já que Torres estava de férias nos Estados Unidos naquele dia.

Em nota, a defesa de Ibaneis disse que ele respondeu todas as perguntas dos agentes e que ele não foi conivente com os vândalos.

O emedebista foi afastado por 90 dias do governo do Distrito Federal por determinação do STF, que considerou que ele não agiu para conter os atos de violência.