A jornal, Flávio Bolsonaro defende pai em caso das joias: 'nenhum dolo'
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no caso das joias.
Na minha opinião, [a caixa de joias] é personalíssima, independentemente do valor. O TCU está tendo esse entendimento agora. A Comissão de Ética falou que não tinha problema. Foi seguindo o que foi sendo pedido. Não tem nenhum dolo da parte dele, de maldade, ou ato de corrupção. Zero
Flávio Bolsonaro, em entrevista ao jornal O Globo
Em reportagem, o jornal o Estado de S.Paulo afirmou que o ex-presidente recebeu pessoalmente e está com um segundo pacote de joias dado pelo governo da Arábia Saudita ao então chefe do Executivo brasileiro. O pacote também foi trazido de forma ilegal ao país. Hoje, Jair Bolsonaro teria confirmado a um repórter da CNN que incorporou o estojo de joias a seu acervo pessoal.
O que disse Flávio:
- Para o senador, não há "nada mal explicado" no caso
- Flávio alegou que o entendimento do TCU sobre o tema é "recente", mas a decisão que trata sobre o tema é de 2016 e definiu que todos os documentos e presentes recebidos, "excluindo apenas os itens de natureza personalíssima ou de consumo próprio", eram bens da União.
- O filho do presidente também alegou que há apenas uma "recomendação" de devolução dos itens e que não sabe se isso vai acontecer
- Flavio ainda usou Lula como exemplo para defender o pai, dizendo que o petista teve que devolver presentes recebidos durante os mandatos anteriores: "É diferente do Lula, que numa busca e apreensão acharam mais de 400 itens escondidos em algum lugar. É completamente diferente. Quem quer esconder alguma coisa faz como o Lula fez", finalizou.
Não tem nada mal explicado. Está tudo legalizado. Estão fazendo espuma. Como que alguém que quer esconder alguma coisa registra o que está entrando no país?
Entenda o caso:
- O Estadão também divulgou na semana passada a história de um outro estojo de joias no valor de R$ 16,5 milhões, presenteado a Michelle Bolsonaro, que foi apreendido pela Receita Federal após a chegada da comitiva brasileira de uma viagem à Arábia Saudita. Bolsonaro teria feito ao menos oito tentativas de recuperação dessas joias.
- O ex-presidente atuou pessoalmente para reaver as joias de R$ 16,5 milhões; ele chegou a enviar um sargento da Marinha, em avião da FAB (Força Aérea Brasileira), gravado tentando recuperar os itens na Receita Federal. Três ministérios também foram acionados, sem sucesso.
- Pela legislação nacional, todos os itens vindos do exterior, com valor superior a mil dólares, devem ser declarados à Receita Federal, que cobrará os impostos devidos;
- Por se tratar de um presente ao Estado, as joias deveriam ter sido declaradas de forma oficial para que fossem incorporadas ao patrimônio público;
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