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Joice: Reacionário, Bolsonaro não é representante da direita liberal

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/03/2023 10h15

Para a jornalista e ex-deputada federal Joice Hasselmann, Jair Bolsonaro (PL) não representa os ideais de direita por ser "reacionário".

Dizer que Bolsonaro é um grande líder e vai reaglutinar a direita funciona até a página dois. Infelizmente, ele ainda é um líder de um grupo, que não é pequeno, apesar das atrocidades e barbáries que cometeu. Mas nem toda a direita o apoia. A direita está super fragmentada. Bolsonaro não é o representante de uma direita liberal na economia e conservadora nos costumes. Ele não é liberal, nacionalista e conservador. É reacionário. É o extremo da estupidez da direita brasileira. Joice Hasselmann, jornalista e ex-deputada federal

Ex-aliada de Bolsonaro, Hasselmann considera que a direita precisa encontrar uma nova liderança. Em participação no UOL News desta quinta, ela descartou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) como esta figura, mesmo despontando como um dos grandes opositores de Lula.

Está faltando um nome que realmente consiga aglutinar e representar essa outra parte da população que não compactua com a esquerda. Não acho que Sergio Moro será esse nome, a não ser que cometa esse grande erro de ficar polarizando com Lula o tempo todo. Joice Hasselmann, jornalista e ex-deputada federal

Maierovitch: Moro faz populismo ao dizer que não quer foro privilegiado

Wálter Maierovitch afirmou que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) faz "populismo" ao abrir mão do foro privilegiado. O colunista explicou que quem determina o foro é a Constituição, e não o acusado. Para o colunista, o senador tenta tirar seu caso da apreciação do STF para não ficar nas mãos de desafetos.

Na realidade, ele não quer cair no Supremo [Tribunal Federal], onde todos sabem que ele tem vários inimigos. Ele não quer ir para esse foro, mas evidentemente não é ele quem escolhe. Moro faz populismo ao dizer que não quer privilégios. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Josias: Oferecer cordialidade a quem merece interrogatório pode ser erro capital ao Brasil

Ao analisar a volta de Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil, Josias de Souza chamou a atenção para os tratamentos diferenciados dispensados ao ex-presidente. O colunista alertou para os riscos de tratá-lo como se nada tivesse acontecido e que ele precisa se explicar à Justiça.

O retorno do Bolsonaro trouxe à tona um problema que estava exilado há três meses. Ninguém sabe muito bem como tratar o personagem. Essa tolerância vigiada concede ao Bolsonaro uma respeitabilidade democrática que os responsáveis pelos inquéritos sabem que ele não merece. Bolsonaro volta como personagem muito complexo. Oferecer cordialidade e condescendência a quem merece interrogatório pode ser um erro capital que o país não tem o direito de cometer. Josias de Souza, colunista do UOL

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