Pacheco: Não há como evitar CPMI de 8/1 se oposição preencher requisitos
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou hoje ao UOL que a abertura de uma CPMI para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro depende de a oposição colher as assinaturas necessárias.
O que aconteceu
Na avaliação de Pacheco, "é muito claro" os fatores que levaram ao ato golpista. "As circunstâncias mais nebulosas são sobre o financiamento, quem patrocinou, talvez seja um propósito importante da CPMI: apurar todas as circunstâncias que levaram aquela barbaridade", disse.
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O requerimento será lido com o restante da pauta do Congresso. É direito da minoria que, se preenchidos os requisitos, não há o que o presidente da casa legislativa possa fazer para evitar.
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam obter assinaturas suficientes para abrir uma comissão que investigue os atos golpistas.
Boa parte do apoio e execução dos atos foi orquestrada por apoiadores de Bolsonaro. Mas o foco da oposição ao presidente Lula deve ser justamente mirar a comissão em supostos erros do governo federal no dia 8 de janeiro.
Por isso, aliados de Lula trabalham para que parlamentares retirem suas assinaturas do requerimento para a instalação da CPMI. Oficialmente, governistas dizem que os atos já estão sendo investigados pelas autoridades.
Em um aceno a Lula, que apoiou sua reeleição ao Senado, Pacheco remarcou ontem a sessão que tratará do tema para o próximo dia 26.
Em Londres, Pacheco defenderá redução dos juros
Pacheco participa nesta quinta-feira de um evento, organizado pelo grupo empresarial Lide, em Londres.
O presidente pretende ressaltar o papel do Congresso Nacional para o crescimento econômico e desenvolvimento social do Brasil.
Haverá também um apelo para abaixar a taxa de juros no país. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, é esperado como palestrante do mesmo evento.
Queremos paz institucional, segurança jurídica, erradicar a pobreza e gerar empregos. Para isso é necessária a estabilidade da nossa moeda, contenção da inflação e redução da taxa de juros.
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
*A reportagem viajou a convite do grupo Lide