Parlamentares criam bancada LGBT+ nacional mirando eleições de 2024
Parlamentares das esferas federal, estadual e municipal anunciaram a criação de uma Bancada LGBT+ nacional após um encontro de lideranças no México. A intenção, segundo o grupo, é criar uma agenda comum, combater ataques articulados nas casas legislativas e preparar novos candidatos para as eleições municipais de 2024.
Formação do grupo
O grupo é formado por 22 integrantes eleitos por partidos de esquerda, incluindo as deputadas federais Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG). Segundo a organização Vote LGBT+, que também faz parte do grupo, a ideia surgiu após o VI Encontro de Lideranças Políticas LGBTI das Américas e do Caribe, realizado na Cidade do México na última sexta-feira (21).
A agenda tem mais pautas de defesa contra ataques do que proposições específicas. No primeiro documento da bancada, a justificativa para a consolidação do grupo recai principalmente no "avanço da extrema direita no Brasil e no mundo".
A proposta é fortalecer candidatos LGBT+ em pequenas cidades, com estrutura jurídica e compartilhamento de estratégias de comunicação, proteção e elaboração de políticas públicas, diz o documento.
Grupo mira as eleições de 2024
"O momento para os partidos políticos garantirem condições de elegibilidade para as candidaturas LGBT+ é agora", diz o documento, que também defende medidas como cotas para parlamentares LGBT de modo similar às existentes para mulheres e pessoas negras
Trecho de carta que anuncia a criação da Bancada
Reconhecemos o avanço da extrema direita no Brasil e no mundo, que se utiliza do ataque à pauta LGBT+ e à presença de pessoas LGBT+ na política como um projeto político de poder. Ao mesmo tempo, identificamos o Brasil como o país que mais avança na representação de pessoas LGBT+ nos espaços de poder, com representatividade das pautas LGBT+.
Câmara já tem "Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cidadania e dos Direitos LGBTIQIA+", criada este ano após proposição da deputada Erika Hilton. O requerimento foi apoiado por 200 deputados e senadores na época.
Veja a lista de integrantes da nova bancada:
- Beatriz Caminha - Vereadora de Belém (PT-PA)
- Bella Gonçalves - Deputada Estadual (PSOL-MG)
- Benny Briolly - Vereadora de Niterói (PSOL-RJ)
- Carla Ayres - Vereadora de Florianópolis (PT-SC)
- Daiana Santos - Deputada Federal (PCdoB-RS)
- Dani Balbi - Deputada Estadual (PCdoB-RJ)
- Dani Monteiro - Deputada Estadual (PSOL-RJ)
- Daniel Cabral - Vereador de Viçosa (PCdoB-MG)
- Duda Salabert - Deputada Federal (PDT-MG)
- Ediane Maria - Deputada Estadual (PSOL-SP)
- Erika Hilton - Deputada Federal (PSOL-SP)
- Fábio Felix - Deputado Distrital (PSOL-DF)
- Filipa Brunelli - Vereadora de Araraquara (PT-SP)
- Guilherme Cortez - Deputado Estadual (PSOL-SP)
- Iza Lourença - Vereadora de Belo Horizonte (PSOL-MG)
- Letícia Chagas - Co-Deputada Estadual (PSOL-SP)
- Linda Brasil - Deputada Estadual (PSOL-SE)
- Moara Saboia - Vereadora de Contagem (PT-MG)
- Robeyoncé Lima - Deputada Federal Suplente (PSOL-PE)
- Rosa Amorim - Deputada Estadual (PT-PE)
- Thabatta Pimenta - Vereadora de Carnaúba dos Dantas (PSOL-RN)
- Thainara Faria - Deputada Estadual (PT-SP)
- Vivi Reis - Ex-Deputada Federal (PSOL-PA)
1 comentário
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Fernando Antonio Lara Pereira
Qual o sentido de votar me LGbt SOMENTE por essa particularidade? Nenhum! Tem de votar em quem é honesto e competente, aí sim! Se não , é simplesmente um tipo de preconceito reverso.