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Lula: decreto de armas de Bolsonaro era para agradar crime organizado

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

25/07/2023 10h21Atualizada em 25/07/2023 10h21

O presidente Lula (PT) declarou que as regras anteriores para a aquisição de armas no Brasil, limitadas a partir de um decreto assinado na última sexta-feira (21) após flexibilizações promovidas por Jair Bolsonaro (PL), visavam agradar "o crime organizado".

O que disse Lula

"No fundo, no fundo, esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro. Pobre, trabalhador não está conseguindo comprar comida", disse Lula durante o programa "Conversa com o Presidente", uma transmissão ao vivo que faz semanalmente em suas redes.

Clube de tiros: "Tem que fechar quase todos". O presidente ainda opinou a respeito dos clubes de tiro, que tiveram atuação limitada com o novo decreto. Para ele, a atividade deve ser restrita para profissionais da segurança pública, e não para "empresários".

Eu não acho que o empresário que quer praticar tiro é empresário. Eu acho que tem que fechar quase todos, só deixar abertos aqueles que são da PM, do Exército e da Polícia Civil. Nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparar um golpe. Sifu. Nós, não. Nós queremos é preparar a democracia.
Lula

O que mudou com decreto?

O decreto criou novas regras para aquisição e porte de armas e munições no Brasil. As principais alterações miraram os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), com restrições a clubes de tiro e fiscalização agora nas mãos da Polícia Federal.

O governo federal decidiu por diminuir o número de armas, munições e calibres restrito autorizados a serem utilizados por CACs. Pelas novas normas, o número de armas por pessoa cai de 60 para 16.

O objetivo do decreto, promessa de campanha do petista, é reverter as flexibilizações propostas pelo governo de Jair Bolsonaro. Era a prioridade número 1 do ministro da Justiça, Flávio Dino, mas a formulação demorou mais do que o esperado por causa dos atos golpistas de 8 de janeiro.

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