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Carla: Dino diz que imagens pedidas estão com a polícia, não com ministério

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/08/2023 12h50Atualizada em 01/08/2023 13h46

A colunista do UOL Carla Araújo afirmou, durante sua participação no UOL News desta terça-feira (1º), que o ministro da Justiça, Flávio Dino, enviou ofício rebatendo as cobranças feitas pelo presidente da CPI dos atos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA).

Mais cedo, Maia disse que iria solicitar novamente a Dino as imagens do prédio da pasta no dia da invasão e que o ministério teria 48 horas para compartilhar o conteúdo.

Segundo a colunista, o Ministério da Justiça "mandou um ofício para a CPMI dizendo que tudo o que o ministério tem e que foi pedido já foi enviado".

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No caso dessas imagens em questão, não estão sob domínio do Ministério da Justiça e, sim, da autoridade responsável. Então, ele deveria pedir em outro departamento.
Carla Araújo, colunista do UOL

O ofício, obtido com exclusividade pela colunista, diz o seguinte: "Informamos que encontra-se em sede de investigação criminal, portanto, em razão do disposto no artigo 20 do Código do Processo Penal, o requerimento deverá ser encaminhado a autoridade responsável pelos inquéritos policiais".

"Flávio Dino diz à CPI: 'Tudo o que vocês pediram lá atrás, que veio ao meu conhecimento, nós enviamos, e aí ele manda o número de todos os arquivos, no dia 30 de junho do corrente ano", afirma Carla Araújo.

O documento ainda ressalta que "esta decisão administrava visa preservar a autoridade do Poder Judiciário no que se refere ao compartilhamento de provas constantes de inquéritos com eventuais diligências em curso".

Carla ainda afirmou que há uma "guerra de narrativas" sobre a colaboração ou não do Ministério da Justiça.

O que diz ministro é que ele está colaborando até o limite que ele consegue. O que não está mais na esfera jurídica do Ministério da Justiça e está com a força policial. Está, digamos assim, na outra lojinha.

Tales: Governistas na CPI consideram que acusação de Maia foi apressada

O colunista do UOL Tales Faria afirmou que os governistas presentes na CPI consideram que a acusação de Arthur Maia contra o ministro Flávio Dino foi apressada.

As forças de governo, que são hoje forças de oposição ao presidente da CPI, consideram que foi um pouco apressada a acusação que o presidente fez ao Flávio Dino de estar negando a documentação. Eles também estão desconfiando de que o Arthur Maia, na verdade, esteja fazendo uma certa manipulação no comando da CPI.

O colunista citou a nota do ministério obtida pela colunista Carla Araújo e afirmou que o Ministério da Justiça não poderia liberar dados que estão em posse da Polícia Federal.

Se o Ministro da Justiça pegasse os dados da PF e apresentasse, haveria a acusação de que o ministro estava tomando da Polícia Federal informações, que estaria usando informações da PF.

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