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Prefeito da PB processa Silvinei por acusá-lo de mentir ao denunciar blitz

À esquerda, o prefeito de Cuité (PB), Charles Camaraense; à direita, o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques Imagem: Reprodução e Clauber Cleber Caetano/PR

Do UOL, em São Paulo

23/08/2023 12h29Atualizada em 23/08/2023 12h54

O prefeito de Cuité (cerca de 220 km de João Pessoa), Charles Camaraense (Cidadania), entrou com um processo contra o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques por danos morais.

O que aconteceu:

Em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, Silvinei acusou Camaraense de mentir por denunciar as blitze da PRF no dia do segundo turno das eleições. "Três matérias que se destacaram e a gente foi verificar. Uma era o prefeito de Caíté? Cuité, mentiu descaradamente e foi processado, até o nome dele mentiu", disse ele aos parlamentares em junho deste ano.

Prefeito foi um dos primeiros a denunciar blitze irregulares no Nordeste. Na manhã de 30 de outubro de 2022, ele publicou um vídeo nas redes sociais em que relata um bloqueio da PRF no município para impedir que a população votasse.

Camaraense pede cerca de R$ 53 mil em danos morais. O caso será analisado pela 2ª Vara Mista de Cuité.

Silvinei, preso no início deste mês, nega que a PRF tenha agido para atrapalhar as eleições de 2022. No entanto, dados da PRF mostram que a corporação fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste entre os dias 28 e 30 de outubro, região onde o presidente Lula venceu no primeiro turno e tinha favoritismo para o segundo. Nas demais regiões, foram 893 (Centro-Oeste), 632 (Sul), 571 (Sudeste) e 310 (Norte). Com os bloqueios, eleitores chegaram atrasados a seus locais de votação.

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