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'Pai da soja' deve ir à CPI, mas pode ficar em silêncio, decide Toffoli

Ministro Dias Toffoli, do STF Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

02/10/2023 18h07Atualizada em 02/10/2023 18h11

O ministro do STF Dias Toffoli concedeu o direito ao silêncio a um depoente da CPMI do 8 de Janeiro esperado para amanhã (3) —o ruralista Argino Bedin, conhecido como "pai da soja" de Mato Grosso.

O que aconteceu

Argino Bedin é apontado como um possível financiador dos atos golpistas, mas foi convocado na condição de testemunha. O pedido foi feito pelo deputado Carlos Veras (PT-PE).

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Mesmo assim, a defesa argumentou que "ressai evidente" que ele seria tratado como um investigado na comissão. Os advogados de Bedin pediram ao Supremo para que fosse permitido que o depoente faltasse à sessão.

Bedin, que teve as contas bloqueadas pelo STF, afirma que as investigações que lhe dizem respeito não se relacionam ao 8 de Janeiro. "Isso pode ser facilmente verificado, pois o paciente teve suas contas bloqueadas em 12/11/2022, o que afasta qualquer possibilidade de o paciente de ser apontado como financiador dos atos antidemocráticos ocorridos dois meses depois", argumentou a defesa.

Toffoli acatou parcialmente ao pedido, mas não autorizou que o "pai da soja" faltasse ao depoimento, previsto para amanhã, às 9h. O ministro afirmou que comparecer à CPMI não impede que Argino Bedin não produza provas contra si mesmo, já que ele pode ficar em silêncio.

O ruralista poderá não responder a "perguntas potencialmente incriminatórias". Toffoli também garantiu o direito do depoente de se consultar seus advogados durante o interrogatório dos parlamentares.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

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