Randolfe: Rejeição a nome de Lula para Defensoria não mede base do governo
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que a rejeição do nome do presidente Lula (PT) para a Defensoria Pública da União não pode servir como medida da base aliada no Senado. A indicação de Igor Roque foi rejeitada ontem por 38 votos contra 35.
O que aconteceu
Randolfe afirmou que houve "um conjunto de tensões" desde a designação de Roque à DPU. A votação ficou travada no Senado por três meses em meio ao desgaste por um seminário sobre aborto legal que seria organizado pela Defensoria.
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O líder do governo no Congresso lamentou o resultado de ontem no plenário e elogiou o currículo de Roque, sobretudo nas pautas de defesa aos direitos humanos. No entanto, disse que "a derrota faz parte".
Não é régua, foi um conjunto de circunstâncias que lamentavelmente criou dificuldades para apreciação. Faz parte, o presidente da República, no momento oportuno, fará uma nova indicação.
Senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP)
Roque foi indicado ao cargo após o governo retirar o nome de Daniel Macedo, enviado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser reconduzido. Ele era visto como bolsonarista pelo Palácio do Planalto.
O advogado foi sabatinado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado em julho. Na ocasião, ele não foi questionado sobre a questão do aborto. Mas, após a aprovação de seu nome, parlamentares bolsonaristas passaram a associá-lo ao tema nas redes sociais.