OPINIÃO
Josias: Encontro de Doria e Alckmin estimula ideia de política como farsa
Colaboração para o UOL, em São Paulo
04/12/2023 12h06
A visita de Geraldo Alckmin a João Doria, registrada pelo ex-prefeito de São Paulo em suas redes sociais, transmite à população a mensagem de que a política é uma farsa. A análise é do colunista Josias de Souza, que relembrou, em participação no UOL News desta segunda (4), os embates entre os dois quando integravam o PSDB.
É preciso haver uma compostura. Não houve recomposição pública, ninguém pediu perdão a ninguém. Isso estimula as pessoas a acreditarem que a política é mesmo o território da farsa, e que ela não deve ser levada a sério, muito menos os seus protagonistas. Não ajuda. Esses encontros fortuitos depois de brigas irreconciliáveis não fazem bem à política. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias citou alguns exemplos históricos na política nacional nos quais adversários ferrenhos mais tarde posavam como velhos amigos, como Getúlio Vargas e Luís Carlos Prestes. Para o colunista, chega a ser constrangedor o encontro entre Doria e Alckmin, com o reforço de uma imagem negativa de que, na política, tudo é feito na base das conveniências do momento.
Isso é meio desmoralizante e constrangedor. Há limites para tudo. Na política, as pazes se fazem de maneira desconcertante. É o que revela essa cena entre Doria e Alckmin. O Doria ingressou na política partidária pelas mãos do Alckmin que, julgando-se traído, deixou o PSDB por conta das cotoveladas que diz ter recebido. Agora, os dois se encontram como se nada tivesse acontecido. Isso não é novo na política. Josias de Souza, colunista do UOL
Bergamo: Tratamento de Milei a Bolsonaro depende de 'sim' ou 'não' de Lula
O tratamento que Javier Milei dispensará a Jair Bolsonaro dependerá se Lula vai comparecer ou não à sua cerimônia de posse como presidente da Argentina, afirmou a colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo. Ela apurou que o petista foi aconselhado a não ir ao evento.
O Bolsonaro será tratado muito de acordo com a decisão do Lula de ir ou não [à posse de Milei]. A prioridade está sendo dada ao Lula, que é o presidente eleito e tem a caneta na mão. Se o Lula decidir ir, Bolsonaro vai para o alto da galeria do Congresso. Se Lula decidir que não vai, pode ser que Bolsonaro consiga um encontro ou algo assim. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
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