Tales: Haddad sugeriu ida de Campos Neto à confraternização de Lula

Fernando Haddad esteve por trás da ida de Roberto Campos Neto à confraternização de fim de ano organizada por Lula. O colunista Tales Faria apurou que o ministro da Fazenda sugeriu ao presidente para que convidasse o presidente do Banco Central ao churrasco na Granja do Torto, no qual o clima harmônico prevaleceu.

Foi o Haddad quem sugeriu ao Lula a ida de Campos Neto a esse churrasco. Perguntei ao próprio Haddad se havia mesmo sugerido, e ele não confirmou e nem negou. O clima lá é esse. Lula não só convidou Campos Neto como também o tratou muito bem. Os três lados venceram. Tales Faria, colunista do UOL

Lula e Campos Neto se estranharam ao longo do ano, principalmente por conta das discussões em torno da redução da taxa básica de juros no país. Tales ressaltou o papel pacificador de Haddad para aparar as arestas entre o governo e o Banco Central, o que resultou uma vitória tripla para eles dados os bons resultados registrados pela economia nacional.

Lula esticou a corda com Campos Neto para lhe mostrar que a política econômica do governo não era igual à anterior e, por isso, precisava baixar os juros. Campos Neto conseguiu resistir ao máximo, não baixando tanto, mas também não mantendo nas alturas. Haddad promoveu esse entendimento entre o Banco Central, que era a cara do Paulo Guedes [ministro da Economia de Bolsonaro], e o governo.

O entendimento entre o Banco Central, a Fazenda e o Palácio do Planalto é uma vitória quádrupla, porque o país é quem ganha. Todos ganhamos. Tales Faria, colunista do UOL

Josias: Milei desafia histórico argentino ao esticar corda contra protestos

Javier Milei coloca em risco seu próprio mandato ao reprimir de forma dura os protestos que se espalham pela Argentina após o megadecreto anunciado pelo presidente, analisou Josias de Souza. O colunista ressaltou que Milei pegou um país mergulhado em grave crise econômica, mas "precisa descer do palanque" se quiser ter vida longa na cadeira da Presidência.

É incompreensível que, neste ambiente, Milei estique a corda. Se ele considera necessárias as providências que está adotando, que incluem sacrifícios sociais extraordinários, deveria atuar para atenuar os efeitos delas. Em vez disso, atiça o Legislativo e ainda parece estar com os pés no palanque. Josias de Souza, colunista do UOL

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