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Governo exonera delegado investigado por suposto uso de software espião

Do UOL, em São Paulo

26/01/2024 17h25Atualizada em 26/01/2024 18h43

O Ministério da Justiça e Segurança Pública exonerou o delegado da Polícia Federal Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho. Ele foi um dos alvos da operação sobre suposto uso do software espião FirstMile na Agência Brasileira de Inteligência.

O que aconteceu

Carlos Afonso ocupava o cargo de coordenador de aviação operacional na PF. A exoneração foi publicada na edição desta sexta-feira (26) do DOU (Diário Oficial da União).

Ele era considerado braço direito do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Ele também chefiou o CIN (Centro de Inteligência Nacional) - apontado como a "Abin paralela" durante o governo Bolsonaro - por um período.

O delegado foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão na quinta-feira (25). Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Operação da PF

A PF cumpriu ontem mandados de buscas e apreensão contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Além do ex-diretor da Abin, a operação mirou outros ex-integrantes da gestão dele. Ramagem nega.

Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. Os policiais também cumpriram medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As buscas acontecem em Brasília, Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro.

A PF realizou buscas no gabinete de Ramagem na Câmara e em seus endereços residenciais.

Objetivo é aprofundar investigação sobre uso de software espião. O sistema comprado pela agência teria sido usado para monitoramento da localização de pessoas, sem autorização judicial.

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