Em queda entre evangélicos, Lula critica religião na política: 'Manipulada'
Do UOL, em São Paulo e em Brasília
18/03/2024 11h00Atualizada em 20/03/2024 11h32
Com popularidade em queda entre evangélicos, o presidente Lula (PT) criticou o que chamou de "manipulação da religião pela política" hoje.
O que Lula disse
Lula disse querer criar "um país em que a religião não seja instrumentalizada, como instrumento político de um partido ou governo". "Que a fé seja exercitada na mais plena liberdade das pessoas que querem exercê-la", declarou.
A gente não pode compreender a religião sendo manipulada de forma vil e baixa como está nesse país.
Lula, em reunião ministerial
Na semana passada, pesquisas de aprovação do governo mostraram queda entre evangélicos. É nesse segmento que o presidente tem a maior reprovação na cidade de São Paulo, segundo o Datafolha. Na pesquisa anterior, de agosto do ano passado, 43% dos evangélicos consideravam o governo ótimo ou bom. Agora, são 27% —uma queda de 16 pontos percentuais.
Esse seria um dos grupos onde o governo mais tem dificuldade de crescer, avaliam aliados. É consenso que é preciso haver uma melhora, só não se sabe como fazer essa virada de chave.
Ministros têm pedido que o presidente faça um movimento de aproximação com lideranças desse segmento, ao passo que outro grupo questiona a eficiência disso. Em especial entre petistas há a crença de que é melhor "conquistá-los" pela economia do que por outras pautas —tentar entrar na parte de costumes, por exemplo, seria uma "briga perdida".
Lula falou na primeira reunião ministerial do ano, agendada após pesquisas de opinião indicarem queda na aprovação do governo. O presidente afirmou que é dever de sua equipe mostrar as ações dos últimos 13 meses. "Se as pessoas não falam bem da gente, ou bem das coisas que a gente fez, nós é que temos que falar", disse.