Malafaia diz que ato com Bolsonaro foi para pressionar contra a prisão
O pastor Silas Malafaia disse em entrevista a um canal no YouTube que propôs o ato na Paulista em 25 de fevereiro a Jair Bolsonaro (PL) para pressionar contra uma eventual prisão do ex-presidente.
O que aconteceu
"Eu tô vendo ele [Bolsonaro] calado, amuado. Liguei para ele e falei: 'Você quer ser preso em Mambucaba (RJ) chorando ou você quer ser preso botando o povo na rua?'", contou Malafaia à youtuber bolsonarista Antonia Fontenelle. A entrevista foi no último dia 4 de março, mas viralizou hoje nas redes sociais.
"Se você botar o povo na rua, eles vão pensar umas três vezes e se isso acontecer o negócio vai ficar feio", teria dito o pastor ao ex-presidente, segundo o relato.
DENÚNCIA: o pastor Silas Malafaia confessou que ele e o Bolsonaro convocaram uma manifestação para INTIMIDAR O STF e impedir a prisão do ex-presidente. Em um tom intimidador, chegou a dizer que "o negócio vai ficar feio", caso a prisão aconteça. Estamos diante de um contexto em? pic.twitter.com/B1bdUNvtRJ
-- Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) March 17, 2024
Malafaia pagou o ato em defesa de Bolsonaro em 25 de fevereiro. Inicialmente, ele falou que os custos seriam bancados pela sua instituição religiosa, a Associação Vitória em Cristo, mas, para evitar a acusação de uso de dízimo, ele mudou o discurso e afirmou que os recursos sairiam de seu próprio bolso.
Manifestação aconteceu após Bolsonaro ser alvo de operação da Polícia Federal em 8 de janeiro. A operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim) incluiu uma busca e apreensão na casa do ex-presidente. A PF investiga a existência de uma organização criminosa, que teria tramado um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula (PT).
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