Rui Costa refuta delação e nega ter intermediado compra de respiradores
Do UOL, em São Paulo
03/04/2024 15h54Atualizada em 03/04/2024 19h23
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que jamais tratou com intermediários sobre a compra de respiradores ou outro equipamento de saúde durante sua gestão como governador da Bahia (2015-2022). Ele também afirmou que mandou abrir uma investigação contra "os autores do desvio dos recursos destinados à compra desses equipamentos".
Reportagem do UOL, publicada nesta quarta-feira, revelou que uma investigação da Polícia Federal liga Costa a irregularidades em um contrato de R$ 48 milhões para a compra de respiradores, em 2020, durante a pandemia de covid.-19.
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Leia a nota na íntegra
Ao longo dos meus oito anos à frente do Governo do Bahia, observei o estrito cumprimento da lei, sempre me pautando por valores éticos e morais. Junto com minha equipe, trabalhei incansavelmente para minimizar a perda de vidas humanas durante a pandemia da Covid-19, tendo como base os preceitos científicos.
Após a não entrega dos respiradores, determinei que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia abrisse uma investigação contra os autores do desvio dos recursos destinados à compra desses equipamentos. Os implicados foram presos pela Polícia Civil por ordem da Justiça baiana semanas após a denúncia.
A partir da apuração e investigação da Polícia Federal, por quase três anos, a Justiça Federal enviou o processo à primeira instância. Estranho que o caso volte à tona, agora, por força de uma matéria baseada nas palavras da principal autora do crime.
Reforço que jamais tratei com nenhum preposto ou intermediário sobre a compra de respiradores ou de qualquer outro equipamento de saúde durante minha gestão.
Nos duros anos da pandemia, as compras realizadas por estados e municípios no Brasil e no mundo foram feitas com pagamento antecipado. Esta era a condição vigente naquele momento.
O processo retornou à primeira instância com o reconhecimento do Ministério Público Federal e do Judiciário, através do STJ, da inexistência de qualquer indício da minha participação nos fatos apurados na investigação.
Desejo que a investigação seja concluída e que os responsáveis por esse crime, não só do desvio do dinheiro público, mas também do crime absolutamente cruel de impedir, através de um roubo, que vidas humanas fossem salvas.