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Lula diz que não se preocupa com pesquisa e desconversa sobre fala com Lira

Do UOL, em São Paulo

23/04/2024 11h45Atualizada em 23/04/2024 12h21

O presidente Lula (PT) afirmou que não se preocupa com pesquisas que apontam má avaliação de seu governo e teve uma "conversa", não uma reunião, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sem contar o que foi dito.

O que aconteceu

Lula disse que mau-humor é "normal" no início de mandato. "Um político qualquer que tiver preocupação com pesquisa no começo de seu mandato, ele definitivamente não está preparado para ser político. Eu tenho clareza das coisas que eu fazer e das coisas que eu prometi na campanha", afirmou.

Quando sai uma pesquisa no primeiro ano de mandato, é normal que a expectativa que não foi atendida gere um mau-humor na sociedade. Antes de ser presidente, eu fui eleitor. Eu sei como funciona essas coisas.

No momento que as coisas começarem a acontecer, o povo vai fazer a avaliação correta. Não tenho nesse instante preocupação. O único dia em que me preocupei com pesquisa foi em 1989.
Lula, em café com jornalistas

Ele negou intenção de reforma ministerial. "Não existe nenhuma previsão de reforma ministerial na minha cabeça nesse instante", disse, apesar de críticas a vários ministros e negociadores do governo com o Congresso.

Presidente confirmou que teve "conversa" com Lira, mas que não foi uma "reunião". "Quando eu fizer a reunião com o Lira, eu falo do resultado. Você me pergunta de novo, que eu falo. Eu não tive uma reunião com o Lira, eu tive uma conversa com o Lira. É diferente de uma reunião. Se fosse reunião, eu teria trazido meu líder na Câmara, meu líder no Congresso Nacional, para poder fazer uma reunião sobre as coisas da Câmara", disse Lula.

Como foi uma conversa entre dois seres humanos, eu peço a vocês que não sou obrigado a dizer o que eu tive na conversa com o Lira.
Lula, sem contar o que falou com Lira

Minimizou a crise com o Legislativo, ressaltando que não tem maioria em nenhuma das duas Casas. "A gente não vai viver uma eterna briga, porque, se você optar pela velha briga, você não aprova nada", afirmou. "Não há divergência que não possa ser superada. Se não houvesse divergência, não haveria necessidade de a gente dizer que são três Poderes autônomos."

O governo Lula armou uma operação para evitar derrotas no Congresso nos próximos dias. Até Lula entrou na articulação com o Congresso e falou com Lira para melhorar a relação entre os dois Poderes. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada em meio à briga entre o deputado alagoano e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Direito ao veto. Sobre os vetos, entre eles o da "saidinha" dos presos, que devem ser votados amanhã no Congresso, ele disse ver com normalidade. "Se o Congresso derrubar, é um problema do Congresso. Posso lamentar, mas tenho de acatar."

Ele não quis comentar sobre o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana no último domingo. "Não me importa o ato dos fascistas."

Disse ainda que virou "persona non grata da extrema direita". Há muitas décadas que não víamos o surgimento de um movimento extremado no mundo. Não é uma exclusividade do Brasil. Eu sei que sou persona non grata pela extrema direita. A minha volta à Presidência do Brasil trouxe uma perspectiva muito grande de retorno do Brasil ao cenário internacional. Um simbolismo muito grande de volta da democracia e combate ao extremismo. E isso incomoda eles."

Crise no Congresso

O petista também deve conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta semana. Lula disse que Pacheco "não estava bem" após tomar a vacina da dengue e só por isso o encontro ainda não aconteceu.

Governo tenta desarmar aumento de salários no Judiciário. A partir de hoje, plenário do Senado começa a analise de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que oferta um adicional de 5% no salário de juízes e procuradores a cada cinco anos. Serão necessárias cinco sessões de debates antes da votação. O texto foi aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa. A pauta é uma das prioridades de Pacheco após aprovação da PEC das Drogas.

Fernando Haddad em campo para aprovar pautas econômicas. Nesta semana, o Ministério da Fazenda deve enviar um dos projetos de regulamentação da reforma tributária que trata do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de estados e municípios, da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), do governo federal, e do FNDR (Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional). A tramitação deve começar pela Câmara.

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