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Caso Marielle: PGR denuncia irmãos Brazão e delegado; PF prende ex-assessor

Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo foram denunciados pela PGR Imagem: Arte/UOL

Colunista do UOL, em Brasília e do UOL, em São Paulo

09/05/2024 08h46Atualizada em 09/05/2024 12h52

A Procuradoria-Geral da República denunciou os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, sob acusação de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Presos em março, os três negam participação.

O que aconteceu

Duas pessoas foram alvos de mandado de prisão no caso nesta quinta-feira (2). Ex-assessor de Domingos, Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, foi detido no Rio de Janeiro. Também foi cumprido um mandado contra Ronald Alves de Paula, o Major Ronald, que já estava preso.

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Calixto da Fonseca era assessor de Domingos Brazão em 2018. De acordo com a investigação, ele seria responsável por gerir os negócios imobiliários irregulares dos irmãos Brazão. A PF encontrou diálogos recentes que comprovariam essa suspeita.

Sua prisão preventiva foi solicitada para interromper essas atividades, segundo a PGR. Ele foi acusado de integrar a organização criminosa liderada pelos irmãos Brazão, mas não há provas do seu envolvimento no assassinato da vereadora. Calixto foi alvo de buscas na ocasião da prisão de Domingos e Chiquinho.

Ronald Paulo Alves Pereira Imagem: Márcia Foletto/Agência O Globo

Ronald é acusado de ser um dos responsáveis por monitorar a rotina de Marielle antes da execução do homicídio. Segundo as investigações, ele comunicou aos executores do crime sobre a agenda que ela teria no dia 14 de março de 2018, quando foi consumado o crime. Ele também é acusado de ser um dos principais milicianos na região do Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.

Ele já cumpria pena em presídio federal. Ronald foi condenado a 76 anos de prisão por quatro homicídios e ocultação de cadáver. O caso ocorreu em 2003, quando quatro jovens teriam sido torturados em uma casa noturna em São João do Meriti, na Baixada Fluminense.

O que dizem as defesas

A defesa de Rivaldo Barbosa criticou o fato de a denúncia ter sido feita antes da oitiva dos investigados. Sobre o mérito da acusação, os advogados informaram que irão se posicionar tão logo tenham acesso ao teor da denúncia. A reportagem tenta contato com os demais citados. O espaço está aberto para manifestação.

A defesa de Domingos Brazão disse que "não teve acesso à acusação e tampouco às colaborações, porém, ao julgar pelas notícias, a narrativa acusatória é uma hipótese inverossímil". Declararam também que souberam pela imprensa do oferecimento da denúncia feito pela PGR e que a acusação "se ampara somente na narrativa do assassino confesso, sem apresentar provas que sustentem a versão do homicida".

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