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Cidadão bate boca com deputado do PL e é agredido na Câmara

Do UOL, em Brasília

05/06/2024 19h08

O bancário Bruno Silva levou dois tapas no rosto após discutir com o deputado federal Éder Mauro (PL-PA) durante a sessão desta quarta-feira (5) da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O cidadão foi agredido por um homem que se identificou como assessor do parlamentar. O gabinete de Mauro nega.

O que aconteceu

A confusão começou após Silva gritar "presonaro na Papuda", em referência às investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A frase foi dita depois de a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) passar mal e precisar de atendimento dos socorristas da Câmara. Ela acabou sendo levada para o hospital

Deputados do PL ficaram irritados e responderam as provocações com xingamentos. Silva não recuou e começou uma discussão com palavrões e acusações de parte a parte.

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Éder Mauro foi para cima do bancário muito exaltado e bateu seu peito contra o peito de Silva. Homens da Polícia Legislativa tentaram afastar os dois, mas nenhum deles recuou.

Neste momento, um homem surgiu e deu um tapa no rosto do bancário. Silva continuou a discutir com o deputado e tomou outro tapa no rosto, momento em que reclamou com o agressor.

O agressor se recusou a dizer o nome à reportagem do UOL. Ele afirmou que é assessor de Éder Mauro. O gabinete do deputado negou e disse que não se manifestará sobre a confusão nem sobre a agressão.

Esta foi a segunda confusão de Éder Mauro no dia. Pela manhã, ele se envolveu em discussão durante sessão do Conselho de Ética que livrou André Janones (Avante-MG) da acusação de rachadinha. Ele e outros deputados do PL discutiram com o mineiro, que quase chegou a brigar fisicamente com os parlamentares.

Quem é a vítima

Bruno Silva é bancário e mora em Goiânia. Ele estava na Câmara para tentar conversar com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) para reclamar das taxas de juros.

O bancário reclamou da postura da direita bolsonarista que, em seu entendimento, é violenta. Ele afirmou que vai registrar boletim de ocorrência. "Tomei porrada para demonstrar que eles são covardes".

Depois do incidente, Silva criticou o deputado. "Éder Mauro é uma pessoa sem controle e sem conteúdo. Não tem capacidade de fazer disputa política sem ser usando violência".

Ao final, o bancário lamentou se envolver na confusão. Estava com o livro "O Céu e O Inferno", de Alan Kardec, e lamentou não seguir o pacifismo que procura por sua orientação religiosa. "E sou espírita, acredita?"

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