Milton Leite diz que irá com polícia ao Jockey impedir corridas de cavalo
Nathália Moreira
Do UOL, em São Paulo
28/06/2024 17h06
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), afirmou que vai com policiais ao Jockey Club neste fim de semana para impedir a realização de corridas de cavalo.
O que aconteceu
Câmara Municipal aprovou projeto para proibir corridas de animais com apostas ou em jogos de azar. Segundo o texto, o objetivo da proibição é acabar com a exploração de animais em competições. A lei dá até 180 dias para os estabelecimentos da cidade encerrarem essas atividades.
Relacionadas
"Proprietários de cavalo, tirem os seus cavalos de lá, porque serão presos", declarou Leite durante sessão legislativa ontem (27). "É bom que o Jockey Club e outros comecem a preparar outro destino, outro endereço, porque aquilo é da prefeitura. E queremos tomar posse."
Aliado de Nunes, vereador disse que irá ao Jockey acompanhado de agentes. Ele afirmou que terá ao seu lado o Centro de Controle de Zoonoses e a Guarda Civil Municipal para impedir as competições de cavalos.
Milton Leite disse que o espaço é da prefeitura e que eles querem tomar posse. A lei deve impactar diretamente na permanência e nas atividades do Jockey Club, cuja transformação em parque municipal foi incluída na nova lei do Plano Diretor, que entrou em vigor no ano passado.
A votação na Câmara foi unânime e não nominal —quando os vereadores favoráveis precisam apenas "permanecer como estão". O projeto de lei teve autoria do vereador Xexéu Tripoli (União Brasil), que chamou a decisão de "um momento histórico para o Brasil".
A diretoria do Jockey Club de São Paulo disse lamentar a aprovação do projeto. "Além de demonstrar total desconhecimento sobre o esporte, a proposta sinaliza para a população um claro interesse em tentar desconstruir a história centenária do Jockey Club de São Paulo, bem como de abrir espaço para absurda tentativa desapropriar o terreno do Hipódromo de Cidade Jardim para possível especulação imobiliária", declarou a entidade, em nota ao Estadão.