'Expuseram a fragilidade de Biden', diz Lula sobre debate eleitoral nos EUA
O presidente Lula (PT) criticou, nesta segunda-feira (1º), a repercussão do debate presidencial norte-americano com a participação de Donald Trump e Joe Biden.
O que aconteceu
Presidente disse que Biden, atual presidente dos EUA, é "quem pode dizer se tem condições ou não" de participar da disputa eleitoral. "Uma pessoa pode mentir para todo mundo, mas não pode mentir a vida inteira para ele mesmo. Mas se ele não está, é melhor eles tomarem uma decisão", disse. "O que foi chato é que no debate expuseram muito a fragilidade do Biden."
Ele ressaltou a importância do processo eleitoral americano e disse que, se for o caso, o partido de Biden pode indicar outro nome. "Tem que ser levado muito em conta porque é muito importante para todo o mundo. O partido democrata pode indicar outra pessoa." A fala do petista ocorreu durante entrevista à Rádio Princesa, em Feira de Santana, na Bahia.
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Lula disse que sua preferência política é pelo democrata, atual presidente dos EUA, Joe Biden. "Eu, pessoalmente, gosto do Biden. Já me encontrei com ele várias vezes. Acho que ele tem um problema, mas quem sabe da condição dele é ele."
O presidente lembrou ainda que visitou políticos brasileiros nos últimos dias. "Fui visitar o presidente [José] Sarney, com 94 anos, e ele está preocupado com as eleições de 2026. A cabecinha dele está a mil por hora, fui visitar Fernando Henrique, com 93 anos, e a cabeça dele está boa. Fui visitar todas as pessoas com mais de 80 anos e estão meio em situação de saúde precária."
Lula também se referiu a Trump como "mentiroso". Presidente disse que o jornal norte-americano The New York Times contabilizou 101 informações falsas atribuídas ao republicano. "De um lado, um cidadão mentiroso, de outro lado, Biden com uma certa morosidade para responder as coisas."
Guerra na Ucrânia
Lula se referiu ao conflito entre Rússia e Ucrânia como "desnecessário". O presidente se disse contrário à guerra. "Poderia ser resolvida numa mesa de negociação. Por isso que o meu governo defende uma mudança na mesa de negociação. Por isso, que o meu governo defende uma mudança no Conselho de Segurança da ONU", disse em relação aos países que fazem parte do órgão. "Precisamos de um conselho de segurança com força política para evitar guerra."
Presidente disse que é necessário uma brecha para que se faça um acordo. "Tenho dito ao [Volodymyr] Zelensky e mandei meu assessor Celso Amorim ir à Ucrânia conversar com Zelensky e à Rússia conversar com Putin para ver se há uma brecha para começar a discutir um acordo, uma paz. Quando tiver uma brecha, o Lulinha entra para ajudar a resolver. Mas, participar da guerra, não participarei."