OPINIÃO
Carla: Lula precisa refletir calado sobre falas dirigindo-se às mulheres
Colaboração para o UOL, em São Paulo
17/07/2024 19h00Atualizada em 17/07/2024 21h19
O presidente Lula (PT) precisa refletir calado sobre suas falas machistas direcionadas às mulheres, afirmou a colunista do UOL Carla Araújo durante participação no UOL News 2ª Edição desta quarta-feira (17).
Na mais recente fala do presidente, Lula disse condenar a violência doméstica, mas, ''se o cara for corintiano, tudo bem". Hoje ele cometeu gafe durante um ato com pessoas com deficiência, mesmo lendo discurso para evitar improvisar.
No caso da mulher, a brincadeira com o Corinthians (...) é tão infeliz. Eu entendo que o Lula tem o hábito de falar de improviso, essa habilidade da oratória. O futebol é uma metáfora que ele também sempre usou. Mas não há nenhuma razão que explique ele associar o futebol e a situação do Corinthians com a violência contra as mulheres. Carla Araújo, colunista do UOL
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Lula precisa de um choque de atualização e realidade nesse sentido, por mais que a Janja diga para ele 'você não pode'. Achei muito infeliz também quando ele fala que a Janja pediu pra ele ter cuidado porque 'essa gente tem uma sensibilidade muito aguçada'. O combo todo é muito infeliz. Talvez, ele tenha que fazer essa reflexão e meditação calado, digamos assim, para evoluir e tomar mais cuidado ao falar. Porque ele fala como uma instituição da Presidência da República, o que é muito sério. Carla Araújo, colunista do UOL
Carla reforçou o papel institucional que Lula tem estando na Presidência da República.
A responsabilidade do presidente da República como instituição é muito grande. Não dá para cometer esse tipo de frase infeliz, a gente não consegue nem falar em deslize e gafe. Ele está muito errado. O Lula, nessa questão das mulheres, tem derrapado constantemente. Carla Araújo, colunista do UOL
O presidente mostra um despreparo. O mundo mudou, não dá para ter essa cabeça tão retrógrada. Entendo que há choques geracionais em relação, por exemplo, a uns termos que a gente está evoluindo como sociedade. (...) Estamos aprendendo, são termos que a gente não usa mais, formas de se relacionar com as pessoas, a gente trabalha com uma questão de inclusão cada vez maior. Ele, como presidente da República, com quase 80 anos, precisa estar atualizado no que é necessário. Não dá para usar termos que não cabem numa agenda como essa de pessoas com deficiência física. Carla Araújo, colunista do UOL
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