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'Lero-lero sobre as urnas não se repetiu', diz Gilmar Mendes sobre eleição

Gilmar Mendes não comentou sobre anulações de condenação de Dirceu Imagem: Antonio Augusto/STF

Do UOL, em Brasília

29/10/2024 19h58

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou na noite desta terça-feira (29) que o "lero lero" sobre as urnas eletrônicas representarem uma ameaça à democracia não se repetiu nas eleições municipais deste ano.

O que aconteceu

Ministro fez discurso durante evento no IDP, em Brasília. Gilmar falou na abertura do XXVII Congresso Internacional de Direito Constitucional, promovido pela faculdade inaugurada por ele. Ao final de sua fala ele discorreu sobre os desafios para as democracias contemporâneas e citou o exemplo das eleições brasileiras realizada neste ano.

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Ao mencionar o pleito, ele lembrou que os debates sobre as urnas não ocorreram como em 2022. Naquele ano, o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores lançaram dúvidas sobre o voto eletrônico e sobre o resultado da apuração, que acabaram incentivando manifestações e protestos em todo o país. Na fala, Gilmar não citou o ex-presidente, mas fez referência ao "lero lero" sobre supostos problemas das urnas eletrônicas que foram levantados por bolsonaristas.

Recentemente ainda no domingo nós encerramos o segundo turno das eleições municipais, em um clima de muita paz. Todos nós que ja passamos pelo TSE temos essa visão e essa impressão. Toda a toada em torno das ameaças que constituiím para a democracia as urnas eletronicas, esse lero lero já não se repetiu porque já não havia algum incremento, algum incentivador deste ambiente. Em 2h15 no processo eletrônico, nós tivemos o resultado de eleições. Algumas disputadas em flashes, como a de Fortaleza em que 10 mil eleitores tenderam para um lado e decidiram as eleições.

Ministro Gilmar Mendes, na abertura do XXVII Congresso Internacional de Direito Constitucional

Dirceu sem condenações

Gilmar anulou as condenações da Lava Jato contra o ex-ministro José Dirceu (PT). Conforme mostrou o UOL, em sua decisão Gilmar critica a "confraria formada pelo ex-juiz Sergio Moro e os procuradores de Curitiba. O ministro não citou o caso na noite de hoje.

Sigilo do processo foi derrubado. O ministro do STF entendeu que as ações movidas contra o petista tinham como objetivo servir de "alicerce" para as denúncias que foram apresentadas posteriormente contra Lula.

Com a decisão, na prática, Dirceu retoma seus direitos políticos e deixa de ser considerado "ficha-suja". A decisão atende a um pedido da defesa para estender ao ex-ministro a decisão da 2ª Turma do STF que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito para julgar Lula.

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