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Professor: direita politiza periferia e tem estratégia de viver em campanha

Do UOL, em São Paulo

31/10/2024 14h18Atualizada em 31/10/2024 14h28

A direita brasileira politiza a periferia e segue a estratégia de usar as redes sociais para viver em campanha, afirmou João Cezar de Castro Rocha, especialista em extrema direita e professor titular da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) durante participação no UOL News desta quinta-feira (31).

Evandro Leitão (PT), prefeito eleito de Fortaleza, disse em entrevista ao UOL que a esquerda precisa aprender a se comunicar melhor com o eleitor, especialmente com alguns segmentos da sociedade. "A extrema direita está tendo uma capacidade de diálogo bem melhor do que a nossa", avaliou.

Para Castro Rocha, este campo político é mais dedicado em criar um contato permanente com a população, e sabe aproveitar as redes sociais não apenas em períodos de campanha.

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Quem é que está politizando a periferia? É a direita. Mas por quê? Porque trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana. Então, não é uma questão simplesmente de comunicação em época de campanha. É uma questão demográfica, do meio de comunicação e da constância com que todos eles trabalham. Eles estão todos os dias publicando um, dois vídeos no TikTok, três, quatro stories no Instagram, um vídeo no YouTube. Todos os dias durante 365 dias por ano.
João Cezar de Castro Rocha

A estratégia nas redes sociais também tem influência forte entre os jovens que nasceram após o primeiro governo do presidente Lula, iniciado em 2003, aponta o professor.

É que essa geração, como eu disse, é uma questão demográfica. Primeiro, tem a esquerda como establishment, como sistema. Segundo, é uma geração nativa digital. Essa geração mantém um trabalho permanente, diário, independentemente de campanha eleitoral nas redes sociais.
João Cezar de Castro Rocha

O especialista destaca que a direita não faz discurso de campanha. Segundo ele, "viver em campanha é o discurso".

Quando a campanha eleitoral chega, e eles [direita] têm um resultado surpreendente, não é porque eles se comunicaram bem durante a campanha, é porque eles já se comunicam bem antes e depois da campanha.
João Cezar de Castro Rocha

Jamil: Sem referência a Lula, Venezuela foca ataques ao Itamaraty

A Venezuela foca ataques ao Itamaraty, mas sem fazer referências ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou o colunista Jamil Chade durante participação no UOL News, nesta quinta-feira (31).

Após o governo brasileiro ter vetado a entrada do país vizinho no Brics, o ditador Nicolás Maduro decidiu convocar seu embaixador em Brasília, Manuel Vadell, de volta a Caracas para "consultas".

Em relação a essa crise, ou mais um capítulo dessa crise, eu achei bastante interessante o fato de eles terem focado em Celso Amorim, no caso da Venezuela, e ao Itamaraty.

E lembrar de um episódio, no governo Bolsonaro, o então chanceler da Venezuela disse o seguinte: 'nós temos plena confiança no Itamaraty. O louco, a maluquice toda que está sendo feita em relação à Venezuela é de Bolsonaro, não é do Itamaraty'. Eu lembro até uma mensagem do então chanceler venezuelano. Ele disse: 'a gente sabe como vocês estão resistindo a essa loucura toda'. Passam os anos, a situação fica dessa forma e agora você pega o comunicado do governo venezuelano e o ataque é contra o Itamaraty? Nenhuma referência ao presidente Lula.
Jamil Chade

Assista ao comentário na íntegra:

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Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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