Bandidos do 8/1 devem ser punidos, sem anistia, diz ministro de Lula
O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o ministro Márcio Macêdo, afirmou nesta terça-feira (19) que os envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro devem ser punidos "com o rigor da lei". À GloboNews, ele disse que "não deve ter anistia" ao grupo.
O que aconteceu
O ministro se referiu aos envolvidos e condenados nos atos do 8 de janeiro como "bandidos" e "delinquentes". Segundo Macêdo, agentes do Estado que agem de forma contrária à democracia devem ter tratados com "o rigor da lei". "Não tem tolerância para aqueles que atentam contra o estado democrático de direito e contra a democracia."
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Ministro disse que Secretaria-Geral da Presidência da República do ex-presidente Jair Bolsonaro "namorava com o fascismo e o autoritarismo". "Você vê a diferença entre um governo democrático e popular para um governo que namorava com o fascismo e o autoritarismo", afirmou o ministro. "Esse cidadão que comandava era o secretário executivo da Secretaria-Geral da presidência da República, onde estou hoje."
Macêdo se refere a um dos alvos da operação deflagrada pela PF nesta terça-feira (19), o general da reserva Mario Fernandes. Ele é o alvo de mais alta patente na operação, foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro e chegou a ocupar interinamente o comando da pasta, além de ter atuado no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) de março de 2023 a março de 2024.
"Secretaria geral do passado abrigava um delinquente, um traidor da pátria e da democracia", disse Macêdo sobre o Mario Fernandes. "Isso não tem que ter tolerância, por isso não tem que ter anistia, tem que ser muito rigoroso com esses bandidos que atentaram contra a democracia.'
Punição para envolvidos e condenados pelos atos do 8 de janeiro deve ser "exemplo", segundo ministro. Segundo ele, "para que nunca mais nenhum golpista ouse atentar contra o estado democrático de direito."
Macedo disse que sua reação foi de indignação ao saber da operação deflagrada pela PF. Ele afirmou também que até a manhã de hoje não esteve com o presidente Lula. "Minha reação foi de indignação com esse tipo de atitude e não podemos mais tolerar isso na democracia brasileira."