OPINIÃO
Kotscho: Bolsonaro terá julgamento do século, o que é grave para nossa vida
Colaboração para o UOL
22/11/2024 05h30Atualizada em 22/11/2024 08h47
Jair Bolsonaro (PL) continua ganhando as manchetes, desafiando as bases democráticas e estagnando o país, afirmou o colunista Ricardo Kotscho no UOL News desta quinta (21).
O país vai parar acompanhando o julgamento, ainda mais esse, que deve ser o julgamento da história, do século. Então, dois anos depois de sair -- aliás, de fugir do país antes de entregar o cargo --, Bolsonaro continua na mídia, infernizando a vida do país.
Ricardo Kotscho, colunista do UOL
Ele também destacou o silêncio do ex-presidente.
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O que é mais incrível nesse negócio todo, essa semana, depois do que foi revelado na segunda-feira, o Bolsonaro não falou nada. Ele ficou em absoluto silêncio. (...) Daqui a pouco ele vai para o hospital e a gente vai continuar falando dele.
Falamos desde a facada que ele sofreu na campanha de 2018. Isso que acho mais grave, além de tudo que fizeram, de todos esses crimes, é a novela que se prolonga aí, [o julgamento] vai entrar pelo ano que vem, porque a última peça não está pronta, sempre aparecem mais coisas.
Ricardo Kotscho, colunista do UOL
Kotscho lamentou que pautas importantes do país fiquem paradas.
Estou vendo como isso é dramático, é grave para nossa vida, dos cidadãos brasileiros e do país. (...) Não se fala de outro assunto [do golpe e da tentativa de assassinato do presidente, vice e ministro do STF].
Tem tanto problema grave no Brasil para ser resolvido e não sai disso. É isso que lamento, eu entendo que tem o processo jurídico (...), mas eu não vejo saída. Não sei se vocês têm alguma ideia do que pode acontecer para o país voltar a viver em paz, que é o que todo mundo quer, né?
Ricardo Kotscho, colunista do UOL
Relatório contém 884 páginas
No relatório da investigação de 884 páginas, enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), a PF apontou quais crimes os investigados teriam praticado a partir do conjunto de elementos reunidos ao longo da investigação.
As investigações apontaram que os indiciados se estruturaram por divisão de tarefas. Isso teria permitido a "individualização das condutas e a constatação da existência de grupos", segundo a PF.
Entre os grupos está o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral e outro responsável por "incitar militares a aderirem golpe de Estado". Há também o núcleo jurídico, o operacional de apoio às ações golpistas, núcleo de inteligência paralela e núcleo operacional para cumprimento de medidas coercitivas.
Veja a lista dos indiciados
- Ailton Gonçalves Moraes Barros
- Alexandre Castilho Bitencourt da silva
- Alexandre Rodrigues Ramagem
- Almir Garnier Santos
- Amauri feres Saad
- Anderson Gustavo Torres
- Anderson Lima De Moura
- Angelo Martins Denicoli
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira
- Bernardo Romao Correa Netto
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
- Carlos Giovani Delevati Pasini
- Cleverson Ney Magalhães
- Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
- Fabrício Moreira De Bastos
- Filipe Garcia Martins
- Fernando Cerimedo
- Giancarlo Gomes Rodrigues
- Guilherme Marques De Almeida
- Hélio Ferreira Lima
- Jair Messias Bolsonaro
- José Eduardo De Oliveira E Silva
- Laercio Vergilio
- Marcelo Bormevet
- Marcelo Costa Câmara
- Mario Fernandes
- Mauro Cesar Barbosa Cid
- Nilton Diniz Rodrigues
- Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
- Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
- Rafael Martins De Oliveira
- Ronald Ferreira De Araujo Junior
- Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros
- Tércio Arnaud Tomaz
- Valdemar Costa Neto
- Walter Souza Braga Netto
- Wladimir Matos Soares
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