Landim: Tarcísio apoia Bolsonaro em reação da direita acuada pela PF e Cid

O apoio público do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a Jair Bolsonaro (PL) seguiu uma ação que foi coordenada entre toda a direita — acuada pela Polícia Federal e pelo depoimento de Mauro Cid ao STF (Supremo Tribunal Federal) —, afirmou a colunista Raquel Landim no UOL News desta sexta (22). Tarcísio saiu em defesa do aliado numa rede social depois do indiciamento do ex-presidente pela Polícia Federal.

A direita ficou muda desde que a operação foi deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira. A acusação de tentar matar, de um plano para matar o presidente Lula (PT), [Geraldo] Alckmin e [o ministro do STF] Alexandre de Moraes era tão forte que deixou os principais aliados de Jair Bolsonaro em absoluto silêncio.
Raquel Landim, colunista do UOL

Ela lembrou que foram dias de praticamente nenhuma manifestação.

A gente só via os filhos defendendo Jair Bolsonaro — o Flávio e Carlos que vinham às redes sociais — uma manifestação muito restrita de Nikolas Ferreira (PL-MG) e nada mais.

Quando ontem, depois que a PF indiciou Jair Bolsonaro, indiciou Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e, principalmente, depois que o Mauro Cid foi ao STF e deu o seu depoimento, aí a gente começou a ver as reações e as menções de solidariedade.
Raquel Landim

A colunista destacou que o medo dos aliados de Bolsonaro era haver evidências que o ligassem ao plano de assassinar Lula, Alckmin e Moraes.

Eles estavam sentindo um enorme mal-estar de vir a público, porque poderia haver alguma dúvida de que aparecesse alguma prova de que Bolsonaro estivesse diretamente envolvido na tentativa de assassinato.

Porque o que você tem de prova hoje no inquérito, que coloca Bolsonaro... não no golpe. No golpe tem abundância de provas, mas a direita ela minimiza esse golpe. Mas, na tentativa de assassinato, elas ainda são um pouco circunstanciais.
Raquel Landim

O sinal verde para as manifestações de apoio à Bolsonaro veio com o depoimento de Mauro Cid.

O grande receio era de que o Mauro Cid trouxesse essa informação. E quando começou a sair na imprensa que ele, Mauro Cid, tinha entregado a evidência de que apenas [o general] Braga Netto sabia dessa tentativa de assassinato, aí esses políticos e sentiram mais confortáveis para sair em defesa de Jair Bolsonaro.
Raquel Landim

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