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Omar Aziz critica Gleisi no governo e diz não suportar ministro militante

Do UOL, em São Paulo

29/01/2025 12h59

O senador Omar Aziz (PSD-AM) criticou a indicação de Gleisi Hoffmann para participar do governo Lula (PT) e disse não suportar a atuação de "ministro militante". A declaração do político foi feita durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL, nesta quarta-feira (29).

[A indicação de Gleisi] Não será boa para o presidente Lula. Eu adoro a Gleisi, a Gleisi é minha amiga, não tenho nada contra ela, mas ela é militante.

A Gleisi faz críticas ao Haddad... Como é que você vai botar uma ministra que faz crítica a outro ministro? Me explica aí isso. Como é que você faz isso, hein? Eu queria entender o raciocínio. Senador Omar Aziz (PSD-AM)

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O presidente decidiu ao menos uma das mudanças que deve fazer no seu ministério, com a entrada da atual presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, para a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo. O cargo compõe o quarteto dos ministros do Palácio do Planalto, que tem livre acesso ao presidente.

Gleisi é uma das pessoas que tem feito críticas a medidas tomadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a contenção de gastos. Com isso, a entrada da parlamentar no governo pode sinalizar que "o ministro perderá o jogo da intriga pelo placar de três a zero". (Para ler a análise completa de Josias de Souza, clique aqui)

Ao Canal UOL, o senador também direcionou críticas à atuação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que, segundo ele, se recusaria a sentar para discutir ações com a bancada do agronegócio.

Veja bem, eu não suporto ministro militante dentro do governo e tenho aí restrições a ministro que não era para nem estar aí, que lá atrás em 2003, 2004, inclusive saíram até do PT, porque não concordavam. É possível você discutir desenvolvimento sustentável com o agronegócio. Você não vê uma foto da ministra Marina [Silva] sentada com lideranças do agronegócio há dois anos.

Gleisi é uma das pessoas que tem feito críticas a medidas tomadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A entrada da parlamentar no governo Lula pode sinalizar que "o ministro perderá o jogo da intriga pelo placar de três a zero".

O governo tem todas as condições objetivas e subjetivas para retomar o comando e mostrar para que fora feio. Você não vai ao comando com alguns ministros não sentando com segmentos, com a sociedade para debater. Senador Omar Aziz (PSD-AM)

O senador também destacou o esforço de Lula no comando de sua gestão.

O presidente tem 39 ministros, ninguém pode dizer que eu não sou aliado do presidente Lula, eu sou presidente Lula desde o primeiro momento, da primeira hora. Tenho um respeito, carinho e sei das boas intenções que o presidente tem com o Brasil e principalmente para aqueles menos favorecidos. Senador Omar Aziz (PSD-AM)

Aziz: 'Eleição de Motta e Alcolumbre já é consolidada'

Ainda durante o UOL News, Omar Azziz —líder da bancada do PSD, um dos maiores partidos no Congresso— afirmou que a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara dos Deputados e de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado é consolidada.

[Motta e Alcolumbre] só não eleitos se morrerem. Então o resto (...) A eleição do Davi está consolidada, só falta no dia 1º, que é no próximo sábado, a gente votar e ele vai ser presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional. Senador Omar Aziz (PSD-AM)

Questionados sobre a anistia aos condenados bolsonaristas envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, caso Alcolumbre seja eleito, Aziz respondeu.

Não, o Davi não pode ter dito isso, porque o que ele disse para mim, pessoalmente, é que essa pauta não entraria. Eu não votaria no Davi nunca, se viesse com essa coragem. Não tem anistia, anistia zero. Essa pauta não pode ser discutida. Isso hoje está com a polícia e com o judiciário. Senador Omar Aziz (PSD-AM)

Rabello: 'Crise está na atual presidência do IBGE'

No UOL News, o ex-presidente do IBGE Paulo Rabello de Castro disse que a crise está na atual presidência do órgão ao bater de frente com servidores.

Quem tem que resolver isso, tem que resolver é o Presidente da República, e os seus principais conselheiros. Nós, aqui, só apitamos olhando a história de governos. E o que ela nos diz: 'quem quer que esteja na presidência de um órgão, e se perde a mão, está convulsionando um órgão, o correto é o sujeito pedir o boné. No caso do Márcio é mais grave, porque ele não está em esgrima com forças externas ou por alguma discordância por parte da imprensa. Não! É público interno do IBGE. E já há acúmulo de demissões, o que é muito grave, porque que todos os limites de tolerância por parte desses funcionários, desses servidores, já foram ultrapassados. Paulo Rabello de Castro, ex-presidente da empresa

A criação de uma fundação com a finalidade de captar dinheiro para o IBGE pôs em lados opostos os servidores e Marcio Pochmann, atual presidente do órgão. Na quarta, os funcionários realizaram ato contra a medida no Rio de Janeiro e em diferentes partes do país. O embate entre os dois lados culminou com a crise interna.

Após a repercussão, o Ministério do Planejamento anunciou a suspensão temporária da fundação, conforme informou o jornal Folha de S.Paulo.

Assista ao trecho no vídeo abaixo

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