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Porsche, Ferrari, Suzuki: Veículos apreendidos pela PF passam de R$ 34 mi

Do UOL, em Brasília

28/04/2025 19h58

A Polícia Federal segue contabilizando os valores e bens apreendidos na megaoperação contra fraudes no INSS deflagrada na semana passada em todo o país. Até o momento, já são mais de R$ 34 milhões em veículos apreendidos com suspeitos, incluindo carros de luxo como Porsche e Ferrari e motos da BMW e da Suzuki.

O que aconteceu

PF e CGU fizeram operação em 13 estados e no DF em 23 de abril. Após a operação, que levou a Justiça a afastar a cúpula do órgão, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido. Ao todo, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão. A expectativa é de que o balanço de bens apreendidos seja concluído nos próximos dias.

Há 61 veículos que somam mais de R$ 34 milhões em valor de mercado. Também foram apreendidas 141 joias e semijoias que somam R$ 727 mil e o equivalente a R$ 1,2 milhão em moeda estrangeira. Até o momento, o balanço parcial da PF registra o total de R$ 41 milhões apreendidos, entre bens e valores em espécie.

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Trata-se da maior operação da PF e da CGU contra malfeitos ocorrida no governo Lula 3. A investigação, iniciada após reportagens do portal Metrópoles revelar esquema de fraudes em descontos feitos por entidades a beneficiários e pensionistas do INSS, levou à demissão do presidente do órgão, e o governo vem sendo pressionado a demitir o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), responsável por indicar Stefanutto. As irregularidades teriam teriam começado no governo Bolsonaro e adentrado o governo Lula.

Ao todo, são 13 inquéritos abertos pela Polícia Federal em cinco estados: Ceará, Sergipe, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. Segundo o UOL apurou, a principal investigação ocorre na primeira instância da Justiça Federal em Brasília e apontou que a cúpula do INSS agiu para liberar os descontos feitos pelas entidades suspeitas ainda no ano passado, já depois de receber vários alertas de órgãos de controle e de denúncias de irregularidades aparecerem na imprensa.

Dentre as entidades investigadas, está um sindicato que tem um irmão de Lula como vice-presidente. Conhecido como Frei Chico, ele não é citado na investigação, mas o Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) é um dos 11 que tiveram seu acordo com o INSS suspenso por decisão da Justiça após serem constatadas fraudes como o aumento desproporcional no número de pessoas com desconto em folha sem uma justificativa plausível.


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