A rotina de uma das primeiras brasileiras que afirma ter sido infectada pelo coronavírus é monótona: desde o última dia 1º, quando teve a suspeita da infecção, G. deixou de ir ao trabalho e agora, basicamente, assiste à TV e limpa a casa.
Ela tem 28 anos, mora no interior do Rio de Janeiro e relata sintomas leves. Seu maior problema, afirma, são as agressões nas redes sociais. Ela também menciona a perda de olfato, que persiste há semanas.
Por conta dos boatos, alguns sugerindo que ela trouxe a doença de propósito após férias na Europa, G. prefere não ter o nome revelado. A reportagem conversou com a jovem por videoconferência e confirmou sua identidade por meio de documentos.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirma que há um caso na cidade em que G. mora, mas não informa o nome da paciente, que está em casa em quarentena com o marido.
Ela afirma que alguns parentes fazem as compras e deixam em sua sala, sem qualquer contato físico com os dois.
"Eu não estou reclamando de ninguém, sabe? Só quero mostrar para as pessoas que é óbvio que eu não fiquei doente de propósito e que, assim que desconfiei, fui para casa".