Em 7 de outubro, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, afirmou em um programa de TV nacional que "em meio a uma America Latina convulsionada, o Chile é um verdadeiro oásis, com uma democracia estável".
Em menos de 15 dias, o diagnóstico era o oposto: "Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita nada nem ninguém e está disposto a usar a violência e delinquência sem nenhum limite", disse o presidente em 20 de outubro à frente de uma república em estado de emergência e com toque de recolher decretado em grande parte do país.
O que aconteceu para que os chilenos, o presidente chileno e o mundo tenham mudado sua visão sobre um país considerado próspero e até modelo para a região?
O UOL ouviu pessoas que moram no país e participaram direta ou indiretamente dos protestos e reconta o que ocorreu nessa última semana, decisiva na história do país, que termina com uma tentativa reprimida de invasão ao Congresso e 15% da população de Santiago nas ruas hoje.