Manifestantes tentam invadir Congresso do Chile; edifício é evacuado
No início da tarde de hoje, manifestantes tentaram invadir a Câmara dos Deputados, que, junto com o Senado, compõe o Congresso Nacional chileno, localizado na cidade de Valparaíso, mas foram detidos por Carabineros, a polícia chilena, com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água. O edifício teve que ser evacuado, e as atividades legislativas foram suspensas.
Hoje é o oitavo dia de protestos no país. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo. Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atualmente alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que enviará, na próxima segunda-feira (28), uma missão de verificação para acompanhar os conflitos no país e examinar denúncias de violações dos direitos humanos.
Pauta social
Nesta quinta-feira (24), a Câmara havia acordado realizar uma série de sessões especiais frente à crise. Ontem havia votado a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e, nesta sexta, por exemplo, estava reunida a Comissão de Trabalho e Seguridade Social para debater o projeto do governo chileno para melhoria do sistema de pensões e de capitalização individual, que compõem a Previdência Social local.
Outra medida que estava prevista para ser votada nos próximos dias é a lei que prevê que as concessionárias de energia assumam os custos de retirada e instalação de medidores de luz.
Há uma hora, o presidente da Câmara, Iván Flores Garcia, fez um apelo ao presidente Piñera em uma entrevista à Tele13Radio: "por favor, reaja, busque com quem conversar. Todos sabemos que a situação atual não é pelos 30 pesos (valor do aumento do Metrô), mas sim pela raiva acumulada". A declaração foi postada pela rádio e retuitada pelo deputado, após a tentativa de invasão da Câmara dos Deputados.
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