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Ministro da Saúde diz que crise é oportunidade para políticas sociais

No Rio de Janeiro

21/10/2011 15h10

A Conferência sobre os Determinantes Sociais da Saúde terminou nesta sexta-feira no Rio de Janeiro com um pedido das autoridades pela redução das desigualdades apesar da crise econômica mundial.

O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, disse que o encontro permitiu reafirmar o papel dos Estados no desenvolvimento de políticas que combatam as desigualdades.

"A crise não deve ser um obstáculo, mas uma oportunidade para o se consolidar políticas sociais", afirmou Padilha, que participou da conferência junto ao chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

Os especialistas também defenderam a universalização da saúde. "É necessário adotar ações urgentes para diminuir o crescimento das desigualdades e prevenir uma piora das condições de vida e da saúde", diz a declaração de encerramento do encontro realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que reuniu cerca de mil autoridades de 110 países.

O texto final, no entanto, foi criticado por alguns participantes por não ter proposto soluções concretas para os problemas sociais expostos nos três dias de conferência.

"Estou desiludido. Muitos dos problemas surgiram por causa da crise capitalista. Isso nem sequer foi mencionado", disse David Sanders, professor de uma universidade na Cidade do Cabo.

A Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde foi criada em 2005 com o objetivo de investigar os fatores não biológicos que influem na propagação de doenças.