Cientistas chineses apontam novo local de origem da gripe aviária H7N9
Uma equipe de cientistas da Universidade de Fudan, em Xangai, assegura ter provado que a nova onda de gripe aviária H7N9 foi originada entre aves de curral ou pássaros selvagens do leste da China, algo que contraria a teoria mais aceita até agora, que atribuía a outras regiões da China e da Coreia do Sul.
Segundo a adição desta quinta-feira (23) do jornal oficial Shanghai Daily, os pesquisadores da Fudan determinaram que esta é a origem da combinação de duas principais proteínas do vírus sob a forma H7N9, que começou a afetar humanos em fevereiro e já deixou 36 mortos em 131 casos confirmados na China.
Entre os infectados, 42 pacientes já tiveram alta, enquanto novos casos não são detectados desde 8 de maio, e vítimas desde o último dia 9.
Até o momento, os cientistas acreditavam que o subtipo H7 provinha de patos da cidade de Hangzhou, na província oriental chinesa de Zhejiang, a 170 quilômetros de Xangai, e que o subtipo N9 tinha surgido em aves de caça na Coreia do Sul.
Os pesquisadores de Fudan, no entanto, asseguram ter descoberto que pelo menos o N9 provém na realidade em marrecos do Baical, uma espécie de patos de pequeno porte, no lago Hongze, na província oriental de Jiangsu, situada a 400 quilômetros ao norte de Xangai.
Os resultados da nova pesquisa, publicados na revista especializada americana "Clinical Infectious Diseases", foram obtidos mediante a análise de mostras e de dados recolhidos e, segundo seus autores, podem ser importantes para prevenir a gripe no futuro.
Além das vítimas, a gripe aviária já causou perdas econômicas no valor de 5 bilhões de euros, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
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