Número de mortes por ebola chega a 7 na Libéria
O ministro de Saúde e Bem-Estar Social da Libéria, Walter Gwenigale, confirmou nesta quinta-feira (3) a morte de mais duas pessoas pelo ebola, o que faz chegar a sete o número de vítimas do vírus no país.
Uma das duas novas vítimas é a irmã de uma mulher que morreu ao contrair o vírus no condado de Lofa, no norte do país, perto da fronteira com a Guiné, onde começou surto há seis semanas.
Após ser contaminada pela irmã, que se tratava em Lofa, a mulher viajou para uma fábrica de sopa de frango em Gardnersville (um distrito de Monróvia) e depois foi até as imediações da fábrica da Firestone, a cerca de 50 quilômetros da capital, detalhou o ministro em entrevista coletiva.
A vítima morreu ali e deixou um filho, que foi posto em quarentena após apresentar sintomas da doença.
O outro novo caso registrado na Libéria é um pastor de Bassa, de 25 anos. Ele morreu no Tapita Hospital, no condado de Nimba, no nordeste do país, logo depois de ser internado para receber tratamento.
O resultado formal da contaminação pelo vírus ainda depende do resultado do labotatório, mas pelos sintomas o ministro concluiu se tratava do ebola.
"O ebola é real e chegou à Libéria. Nenhum liberiano deveria fazer disso uma piada", advertiu.
O surto foi confirmado em 22 de março em Guiné, onde o número de mortas pelo ebola já passa de 84, informou hoje a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).
O surto se estendeu à Libéria, na fronteira com Guiné e Serra Leoa, onde foram identificados dois casos suspeitos, e os dois resultaram em morte.
O vírus do ebola, que surgiu pela primeira vez em 1976 no Zaire (atual República Democrática do Congo) e no Sudão, é transmitida por contato direto com sangue e fluidos e tecidos corporais de pessoas e animais infectados.
O ebola, que causou várias mortes na África nos últimos anos, é considerada uma ameaça para a saúde global, e um possível agente de guerra biológica.
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