Topo

Empresas dos EUA oferecem turismo médico em países latinos

Thinkstock
Imagem: Thinkstock

28/09/2016 10h25

 Cada vez mais empresas dos Estados Unidos oferecem a seus funcionários planos de saúde com a opção de viajar para um país latino-americano para receber tratamento médico, conforme divulgado nesta terça-feira durante a Cúpula Latino-Americana de Turismo de Saúde realizada em Los Angeles.

"Cerca de 5% dos empregadores nos Estados Unidos estão oferecendo a seus funcionários planos de turismo médico. O crescimento em dois anos destes programas foi exponencial", afirmou em entrevista à Agência Efe Massimo Manzi, diretor-executivo do Conselho para a Promoção Internacional de Medicina da Costa Rica (Promed).

O diretor explicou que o auge do turismo médico se deve, entre outros fatores, à implementação do Obamacare. O programa de saúde presidencial nos EUA aumentou a pressão sobre as corporações e gerou custos adicionais para elas, o que as obrigou a buscar alternativas mais econômicas e a olhar para o exterior.

"São utilizados programas médicos que incentivam os funcionários se viajarem à América Latina. As despesas de viagem são cobertas pelo empregador, a cirurgia também, e não há pagamento dividido ou valores deduzíveis como nos Estados Unidos", explicou Manzi.

Na cúpula estava o embaixador da Costa Rica nos Estados Unidos, Román Macaya Hayes, que disse à Efe que várias empresas americanas já escolheram seu país como destino médico pela grande qualidade dos serviços oferecidos.

"Não ter um exército serviu para investir em educação e em saúde durante décadas. Temos grandes profissionais muito capacitados que oferecem serviços médicos de qualidade", declarou o diplomata.

A cúpula conta com 500 participantes procedentes de 15 países e é organizada pela "The Latino Coalition" (TLC), uma ONG com sede em Los Angeles.

O diretor-executivo da TLC, Héctor Barreto, afirmou que a demanda por turismo médico aumentará no futuro para cobrir as necessidades da crescente comunidade latina.

"Os trabalhadores vão preferir ir para um país que conhecem - e que talvez seja o seu de origem - para receber um tratamento porque lhes é mais familiar e eles podem economizar milhares de dólares", disse.