Bairro da capital da Libéria é isolado para conter ebola
Forças de segurança isolaram nesta quarta-feira, 20, um bairro à beira-mar em Monróvia, capital da Libéria, intensificando as medidas do governo para interromper a disseminação do ebola. A medida deixou os moradores preocupados e provocou um protesto no local.
Na região central da capital havia poucos carros ou pessoas, já que os moradores decidiram ficar dentro de casa depois de a presidente Ellen Johnson Sirleaf ter ordenado o isolamento do bairro de West Point e a imposição de um toque de recolher noturno. A presidente alegou que as autoridades não têm conseguido conter o avanço da doença em razão do desafio às recomendações feitas.
Sirleaf ordenou o fechamento de locais de aglomeração de pessoas como cinemas e clubes noturnos e colocou a cidade de Dolo, 50 quilômetros ao sul da capital, sob quarentena. "Estas medidas têm como objetivo salvar vidas", disse ela em discurso na noite de terça-feira.
O ebola já matou pelo menos 1.129 das mais de 2.200 pessoas infectadas na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A Libéria tem o mais alto número de mortos e a quantidade de infectados sobe rapidamente.
O medo e as tensões aumentam na capital, especialmente em locais como West Point, onde há forte desconfiança com as autoridades. Corpos são jogados diariamente nas ruas por parentes que temem ser infectados. Moradores temerosos ligam para uma linha direta do governo pedindo a remoção, mas algumas vezes os mortos ficam ao relento por horas e até mesmo dias.
Fonte: Associated Press
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