Trabalhar à noite antes dos 20 anos aumenta chances de esclerose múltipla
Pesquisadores da Suécia descobriram uma associação entre o trabalho por turnos e o aumento do risco de esclerose múltipla. Os que se envolveram em funções desse tipo antes dos 20 anos, correm mais risco de desenvolver a doença devido a uma interrupção no ritmo circadiano e no sono.
Estudos anteriores já mostraram que turnos de trabalho a noite ou com horários rotativos, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, distúrbios da tireoide e câncer.
A interrupção do ritmo circadiano e as mudanças no sono estão associadas aos que trabalham no turno noturno. A esclerose múltipla é uma doença inflamatória no sistema nervoso, que pode surgir de fatores externos, como estilo de vida e perdas de sono relacionadas à jornada de trabalho.
Resultados mostraram que os pacientes com a doença que haviam trabalhado em turnos, por três anos ou mais, antes do 20 anos tinham duas vezes mais risco de desenvolver a doença em comparação com os que nunca trabalharam em turno.
Os pesquisadores analisaram dados de dois estudos para comparar a ocorrência da esclerose nas pessoas que tinham trabalhado em turnos e os que nunca tinham sido expostos a funções desse tipo. Todos os participantes residiam na Suécia e tinham entre 16 e 70 anos.
A análise revelou uma associação entre o turno de trabalho e a ocorrência da doença. Dr. Anna Karin Hedström, líder do estudo realizado no Instituto Karolinska, em Estocolmo, acredita que a associação pode ser considerada verdadeira, pois teve como base duas pesquisas já realizadas.
Os autores do estudo, publicado na revista Annals of Neurology, sugerem que a ruptura do ritmo circadiano e perda de sono pode ter um papel no desenvolvimento da esclerose múltipla, porém os mecanismos exatos por trás deste aumento do risco ainda não estão claros e é preciso novos estudos.
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