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Pacientes de cirurgião-dentista de Oklahoma têm HIV e hepatites B e C

O cirurgião-dentista Wayne Scott Harrington, que atendia em Tulsa, é investigado após um de seus pacientes ter sido diagnosticado com HIV e hepatite C - Reprodução/ABC
O cirurgião-dentista Wayne Scott Harrington, que atendia em Tulsa, é investigado após um de seus pacientes ter sido diagnosticado com HIV e hepatite C Imagem: Reprodução/ABC

Do UOL

Em São Paulo

19/04/2013 16h46

Exames de sangue feitos com pacientes de um cirurgião-dentista de Tulsa (Oklahoma), nos EUA, que teve a clínica fechada no mês passado após denúncias de irregularidades indicam que 57 deles estão com hepatite C, três com hepatite B e "menos de três" possuem o HIV, vírus causador da Aids.

O cirurgião-dentista Scott Harrington é acusado de adotar técnicas de esterilização inadequadas que podem ter exposto os pacientes a vírus transmitidos pelo sangue. Autoridades de saúde afirmaram que ainda é preciso entrevistar cada paciente e testar outros para saber se a contaminação realmente ocorreu na clínica, algo considerado raro.

As autoridades não puderam divulgar o número preciso de pacientes infectados com HIV por causa da política de confidencialidade do Estado que restringe a divulgação pública dos casos de HIV envolvendo menos de três pessoas.

Até agora, 3.122 pessoas foram examinadas. Ao todo,  7.000 pessoas devem passar pelos testes.

O advogado de Harrington afirma que seu cliente tem um histórico impecável. Segundo as autoridades, ele está cooperando com as investigações. O cirurgião, de 64 anos, entregou sua licença profissional e concordou em fechar a clínica e um outro consultório que tinha no subúrbio da cidade. 

A investigação teve início depois que um paciente de Harrington foi diagnosticado com hepatite C e HIV e registrou queixa contra o cirurgião-dentista. Segundo o documento, ampolas e agulhas eram usados diversas vezes em pacientes diferentes, causando risco de contaminação. Um conjunto de instrumentos utilizado em portadores de doenças infecciosas parecia enferrujado.

Há apenas três casos conhecidos nos EUA de vírus transmitidos durante procedimentos dentários, de acordo com Centro de Controle de Doenças do país.

(Com Reuters)