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"Brasil precisa adotar todas as estratégias para levar saúde à população", diz Padilha

Luciene Cruz

Repórter da Agência Brasil, em Brasília

12/06/2013 13h36Atualizada em 12/06/2013 13h38

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, admitiu hoje (12) que não existe “proposta isolada” para resolver o problema da falta de médicos no país. Ele participou de audiência pública, na Câmara dos Deputados, para tratar das estratégias do governo para atrair médicos estrangeiros para atuarem no Brasil.

“Para enfrentar falta de médico e necessidade de redistribuição de profissionais, a grande conclusão é que não existe uma proposta isolada para resolver o problema da falta de profissionais médicos nos país. Precisamos adotar todas as estratégias possíveis para levar os médicos para mais perto da população”, disse.

Entre as soluções encontradas para resolver a escassez de profissionais de saúde, Padilha voltou a defender a contratação de médicos estrangeiros. Para ele, a medida pode aumentar o número de médicos atuantes no país, assim como ocorre em outros países.

“Precisamos tomar decisões concretas de curto e médio prazo. Interessa ao Brasil trazer médicos qualificados e bem formados, não existe nenhum preconceito em relação à origem desses médicos. Sendo bem formados, de qualquer país poderão vir médicos através da estratégia de validação do diploma”, comentou.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, do total de médicos que atuam no país, apenas 1% é formado por estrangeiros. Na Inglaterra o índice é 40%, enquanto nos Estados Unidos e na Austrália, os percentuais chegam a 25% e 22%, respectivamente.

Segundo informações da pasta, há, no país, 1,8 médico para cada mil habitantes, índice abaixo de outros países da América Latina, como a Argentina (3,2) e o México (2). Para alcançar o índice da Inglaterra (2,7), o Brasil precisaria ter hoje mais 168,4 mil médicos.

“O Brasil tem poucos médicos. Faltam médicos no país e estão mal distribuídos. Temos que adotar todas as estratégias possíveis para resolver a necessidade da população, que não pode aguardar ciclo de formação dos profissionais médicos no Brasil”, ressaltou Padilha.