Estudo vê excessos no tratamento da dor nas costas nos EUA
Normas bem fundamentadas para o tratamento da dor nas costas exigem tratamentos bastante conservadores – na maioria dos casos, nada mais que a prescrição de aspirina ou paracetamol e fisioterapia. Procedimentos avançados de imagem, sedativos e encaminhamentos a outros médicos são recomendados apenas nos casos mais resistentes ou quando existem outros sintomas graves.
Entretanto, um estudo publicado no periódico Jama Internal Medicine sugere que os médicos não estão seguindo essas normas.
Os pesquisadores estudaram 23.918 atendimentos ambulatoriais para o tratamento de dor nas costas, uma amostra representativa dos 440 milhões de atendimentos realizados ao longo de 12 anos nos Estados Unidos.
Após levar em conta fatores como idade, sexo e natureza da dor, eles descobriram que durante o período de pesquisa, o uso de anti-inflamatórios não esteroides e de Tylenol diminuiu mais de 50 por cento. As prescrições de opioides, por outro lado, aumentaram 51 por cento e as tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas aumentaram 57 por cento.
Os encaminhamentos a outros médicos aumentaram 106 por cento, o que provavelmente contribuiu com o recente aumento das cirurgias de coluna vertebral, as quais são custosas e muitas vezes ineficientes, afirmam os autores.
O Dr. Bruce E. Landon, autor sênior do estudo e professor de políticas de saúde da Universidade Harvard, afirmou que, na maioria dos casos, a dor nas costas melhora por si só. Entretanto, "para instruir os pacientes os médicos precisam conversar com eles por longo tempo. Muitas vezes é mais fácil apenas prescrever um exame ou um sedativo."
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