Após informação, parte das brasileiras troca pílula por outro contraceptivo
A pílula combinada continua sendo o método anticoncepcional mais popular entre as mulheres brasileiras. No entanto, depois de receber informações sobre diferentes métodos hormonais, parte das usuárias migram para o anel vaginal ou o para o adesivo com hormônios, que evitam o esquecimento.
A conclusão é de um estudo, realizado com 9.500 brasileiras de 18 a 49 anos e 615 ginecologistas, e publicado na no Gynecological Endocrinology, periódico científico da Sociedade Internacional de Ginecologia e Endocrinologia. A pesquisa contou com o patrocínio da farmacêutica MSD.
Antes do aconselhamento do ginecologista sobre as diferentes opções, 66,5% das mulheres afirmaram que prefeririam a pílula, 17,9% o anticoncepcional injetável, 8,9% o adesivo e 6,7% o anel vaginal. Depois do aconselhamento, 53,7% das mulheres ainda afirmaram que prefeririam a pílula, 16,3% o anticoncepcional injetável, 14% o adesivo e 16% o anel.
“Em época de ‘Dr. Google’, é muito importante valorizarmos o ginecologista, que tem um papel fundamental no momento de orientar a paciente, dando informações sobre eficácia, modo de ação, frequência de uso, efeitos colaterais e via de administração. Essa interação realmente funciona, como mostram os dados da pesquisa", afirma Nilson Roberto de Melo, um dos autores da publicação e diretor Científico da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Ele também cita o artigo 42 do novo Código de Ética Médica, de 2010: “É vedado ao médico: desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre método contraceptivo, devendo o médico sempre esclarecer sobre a indicação, a segurança, a reversibilidade e o risco de cada método”.
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