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Etnia pode interferir no sucesso dos tratamentos de fertilidade, diz estudo

The New York Times

18/11/2013 18h39

A raça ou a etnia podem ser fatores para o sucesso de tratamentos de fertilidade, sugere um estudo.

Pesquisadores britânicos estudaram 1.219 mulheres brancas e 226 de minorias étnicas que realizavam pela primeira vez procedimentos de reprodução assistida. O estudo observacional foi publicado no periódico The British Journal of Obstetrics & Gynecology e incluiu todas as mulheres que realizaram os procedimentos em um hospital de Nottingham de 2006 a 2011.

Eles descobriram que 43,8% das mulheres brancas deram à luz recém-nascidos vivos em comparação com 38% das sul-asiáticas, 23,3% das negras de ascendência africana e 21,4% das mulheres do oriente médio. Após levarem em conta outros fatores, os pesquisadores descobriram que as mulheres de minorias étnicas estavam aproximadamente 40% menos propensas que as brancas a darem à luz recém-nascidos vivos.

A produção de óvulos, a taxa de fertilização e o número de embriões transferidos foram semelhantes nos quatro grupos. Entretanto, a taxa de implantação – taxa de embriões implantados no útero com sucesso – foi significativamente menor entre as mulheres de minorias étnicas.

Walid E. Maalouf, autor sênior do estudo e professor universitário de embriologia na Universidade de Nottingham, chamou atenção para o perigo de se tirar conclusões sólidas de estudos observacionais produzidos com uma população pequena. O pesquisador afirmou que as razões dessa variação não estão claras.