Mais Médicos: governo quebra acordo com base aliada e não conosco, diz CFM
Após a votação, nesta terça-feira (10), na Câmara de Deputados que manteve o veto ao dispositivo da Medida Provisória 621/13, do programa Mais Médicos, que previa a criação de uma carreira de Estado para os profissionais estrangeiros do programa após sua finalização, o Conselho Regional de Medicina afirmou que o "governo quebrou acordo com a base aliada e não com o com o CFM".
"Como autarquia pública dedicada à defesa da medicina e da saúde, o CFM tem buscado conciliar interesses em prol da sociedade e da qualidade do atendimento", diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do conselho.
Segundo o texto, neste sentido, a entidade esclareceu que ao promover o veto, o governo não quebrou compromissos assumidos com o CFM, mas com sua base aliada. "No que se refere à reunião mantida com a base aliada do governo no Congresso sobre a MP 621, o CFM considera que o relator da medida não traduziu da forma correta o ponto especifico da carreira de Estado para médicos do SUS".
Para o CFM, o "vício de redação" não anula, no entanto, o compromisso assumido com relação ao tema, ou seja, implementar essa carreira de Estado para os médicos em até três anos e que cabe agora à base aliada e ao governo se entenderem para que seja honrado esse compromisso firmado entre eles e também a aprovação de aumento do financiamento federal para o SUS.
Na opinião do conselho, sem isso, ficará prejudicada a solução dos problemas crônicos que afetam a saúde brasileira.
"O CFM continuará lutando por uma carreira de estado e a melhoria da infraestrutura como a solução para a fixação de médicos brasileiros competentes no interior do Brasil. Por isso, defende que o malfadado programa Mais Médicos não tenha duração maior do que três anos", finaliza o texto.
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