Campinas (SP) confirma primeira morte por dengue em 2014
Uma idosa de 69 anos foi a primeira a morrer de dengue em Campinas (a 93 km de São Paulo) em 2014. De acordo com a Secretaria de Saúde da cidade, a senhora morava no Jardim Paranapanema, na região sul do município, e morreu há 15 dias, mas o resultado dos exames só foi divulgado na manhã desta quarta-feira (9) pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Com 2.793 casos confirmados e quase seis mil notificados, a cidade enfrenta uma de suas piores epidemias de dengue.
Com a confirmação, subiu para quatro o número de mortes em decorrência da dengue este ano na Região Metropolitana de Campinas, que concentra 25% dos registros da doença do Estado de São Paulo, segundo a prefeitura. A primeira morte foi registrada em Americana, que também enfrenta uma epidemia da doença, e os outros dois em Sumaré, que já investiga uma terceira morte pela doença.
Segundo a Secretaria de Saúde de Campinas, a epidemia aumentou em cerca de 40% a procura por atendimento médico tanto na rede privada quanto particular. Nas últimas semanas, Campinas tem intensificado as ações de combate à dengue. Na noite desta quarta-feira, a prefeitura, em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), dará início à nebulização “pesada” de combate ao mosquito transmissor da doença, que será feita com caminhão. Duas equipes partirão de pontos distintos da região noroeste, que concentra a maioria dos casos, em direção ao entorno dos bairros Santa Rosa e Itajaí.
Nos últimos dias, agentes de saúde fizeram um trabalho de orientação à população sobre a nebulização, além disso, um carro de som irá reforçar as medidas que devem ser tomadas durante o processo.
Durante a nebulização, a população deve manter portas e janelas abertas. A medida faz parte de uma série de ações de combate à dengue anunciadas há cinco dias pela prefeitura.
Entre elas, estão o auxílio de 100 soldados do Exército para realizar a selagem das caixas d`água das casas e uma ação civil pública solicitando medida liminar para que os agentes possam entrar nos mais de 49 mil imóveis que estavam fechados no dia da visita ou os moradores impediram a entrada dos agentes. A ação ainda não foi julgada.
Hortolândia
Na última terça-feira (7), a Prefeitura de Hortolândia (114 km de SP), que já confirmou 214 casos e está em situação de alerta por causa da doença, decidiu multar em R$ 500 os donos de imóveis que abrigarem criadouros do mosquito da dengue.
De acordo com o Código Sanitário Estadual, a multa média é de 25 UFSP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), o que equivale a cerca de R$ 500. No entanto, o valor pode ser superior, dependendo do volume de criadouros encontrados.
A princípio, as casas e comércios são fiscalizados. Caso sejam encontrados criadouros, os agentes orientam sobre a necessidade de remover objetos que acumulem água e sobre os sintomas da doença. Então, é dado um prazo até que o responsável organize o local e elimine os criadouros. Se o prazo não for cumprido, há notificação e multa.
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