Estou ficando mais forte a cada dia, diz médico dos EUA que trata o ebola
“Eu toquei as mãos de inúmeras pessoas com essa terrível doença que levou suas vidas. Vi o horror em primeira mão, e ainda me lembro de cada rosto e de cada nome”, disse o médico norte-americano Kenty Brantly, 33, que está em tratamento contra o ebola no Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos.
Brantly foi infectado enquanto tratava doentes em Monróvia, capital da Libéria. Ele estava no país em missão humanitária desde outubro de 2013 para atuar como médico-geral.
Juntamente com Guiné e Serra Leoa, a Libéria vive surto de ebola que já matou 961 pessoas, de fevereiro a agosto, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Casos já surgiram também na Nigéria, o país mais populoso da África. O surto é considerado o mais mortal de todos os tempos pela OMS.
Brantly trabalhava com a missionária americana Nancy Writebol, 60, que também foi infectada. Ambos foram transportados em aviões do exército equipados com uma câmara plástica com ar isolado. Eles estão sendo tratados com uma droga experimental que vem trazendo melhoras ao estado de saúde dos dois, segundo as autoridades americanas.
O relato de Brantly veio em um comunicado da organização cristã Bolsa do Samaritano, pela qual o médico e a missionária atuavam na África.
"Estou escrevendo do meu quarto de isolamento no Hospital da Universidade de Emory, onde os médicos e enfermeiros estão prestando o melhor atendimento possível. Estou ficando mais forte a cada dia, e agradeço a Deus por sua misericórdia na minha luta contra essa doença terrível", escreveu.
O médico agradeceu as orações e manifestações de apoio que recebeu.
"Eu também quero estender meus profundos e sinceros agradecimentos a todos vocês que têm orado por minha recuperação, bem como para Nancy e para o povo da Libéria e da África Ocidental", disse Brantly.
A OMS declarou nesta sexta (8) que o surto de ebola na África Ocidental é uma emergência de saúde pública internacional.
A mulher do médico, Amber, e seus filhos Ruby, 5, e Stephen, 3, haviam retornado ao Texas (EUA) em meados de julho para visitar parentes. Brantly planejava se juntar a eles e participar de um casamento da família antes de adoecer.
"Quando eu comecei a me sentir mal naquela manhã de quarta-feira, eu imediatamente me isolei até que o teste confirmou o meu diagnóstico, três dias depois. Quando o resultado deu positivo, lembrei-me de uma profunda sensação de paz que estava além de toda a compreensão. Deus estava me lembrando do que Ele me havia ensinado anos atrás, que Ele vai me dar tudo o que eu preciso para ser fiel a Ele”, disse.
David Writebol, marido da missionária Nancy, disse que sua mulher permanece fraca, mas que está melhorando.
(Com agências internacionais)
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