Células de sistema imune podem prevenir contaminação por herpes, diz estudo
![Micrografia de um escaneamento de elétron de um célula T: mais perto de prevenir herpes - Reprodução](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2014/08/28/micrografia-de-um-escaneamento-de-eletron-de-um-celula-t-1409260336696_615x470.jpg)
Uma pesquisa realizada pela Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriu que uma rede de linfócitos (células de defesa do governo) é capaz de evitar novas infecções de herpes genital, após testes feitos com camundongos fêmeas. O vírus do herpes genital, conhecido como herpes simples ou herpes tipo 2, é transmitido durante o sexo ou pelo contato com as feridas causadas pela doença.
A descoberta pode ajudar na criação de novas vacinas contra DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), como o HIV, e melhorar a eficácia da própria vacina existente contra o herpes. A pesquisa foi publicada na revista "Science Express", da Universidade Yale, nesta quinta-feira (28).
A pesquisa de Akiko Iwasaki e Norifumi Iijima, professores da Faculdade de Medicina de Yale, descobriu que isso acontece porque essa rede de linfócitos, ou seja, um grupo específico de células brancas do sangue, ajuda a reter outros tipos de células que também protegem o organismo, conhecidas como células T, encontrados na vagina dos roedores contaminados com herpes tipo 2.
A descoberta sugere que é exatamente a concentração de células T que inibe a nova infecção pelo vírus.
"Detetamos a rede de linfócitos estudando finas camadas de tecido vaginal de camundongos com vírus do herpes atenuado. [...] Estruturas semelhantes são encontradas em mulheres que tenham sido infectadas com herpes genital.", disse Iwasaki que trabalha há dez anos no estudo, em entrevista por e-mail ao UOL.
Não há vacina contra herpes genital disponível no mundo e as que já foram testadas reforçam a circulação de células T ao redor do corpo. No entanto, ainda são consideradas pouco eficazes. A proposta da professora Iwasaki é utilizar tratamentos tópicos (ou seja, com aplicação no local) para aumentar a quantidade de células T nos tecidos doentes, além de aplicar a vacina de reforço.
"Agora que entendemos o comportamento e estrutura [da resposta ao vírus], o nosso objetivo é permitir que essas células T forneçam proteção imediata contra as ameaças virais nas mucosas", disse Iwasaki.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.