Ebola: FAO lança programa para ajudar 90 mil famílias vulneráveis
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, lançou nesta quarta-feira (8) uma iniciativa que deve beneficiar 90 mil famílias vulneráveis na Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri. O objetivo é diminuir os impactos econômicos causados pelo surto.
A agência da ONU está a pedir US$ 30 milhões para levar adiante o programa nos próximos 12 meses.
Segundo a FAO, serão assistidas famílias que têm tido a sua renda e as suas fontes de alimento ameaçadas devido aos impactos económicos causados pelo surto de ebola.
Segurança alimentar
O Programa Regional de Resposta para a África Ocidental vai ampliar ações da FAO que já estão a ser realizadas por governos, parceiros da ONU e trabalhadores agrícolas, florestais e veterinários.
Um dos objetivos é ajudar a conter o vírus e garantir à população segurança alimentar a médio prazo e aumentar a renda e a produção agrícola. Até o momento, o ebola matou 3,4 mil pessoas, entre mais de 7,4 mil infectados.
Impactos
Numa avaliação feita pela FAO na Serra Leoa, 47% das pessoas que participaram da pesquisa afirmaram que o ébola está a prejudicar as suas atividades agrícolas.
Já no condado de Lofa, região rural da Libéria, o preço das commodities cresceu entre 30% e 75% apenas no mês de agosto.
Europa
Também esta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que o risco do vírus ebola se espalhar pela Europa é "extremamente baixo e evitável".
A declaração foi feita pela diretora regional da OMS no continente, Zsuzsanna Jakab. Segundo a representante, casos esporádicos registados na Europa foram "inevitáveis" devido a viagens entre a região e países afetados.
Recentemente, a Espanha notificou a OMS sobre uma enfermeira confirmada com ebola após tratar um paciente que contraiu o vírus na Serra Leoa.
Preparo
A diretora da agência na Europa destacou que países europeus estão entre os mais preparados no mundo para responder à febre hemorrágica viral, incluindo o ebola.
Segundo Jakab, há risco de contaminação acidental no caso de exposição a um paciente com o vírus, que deve ser mitigado com medidas rigorosas de controlo.
A especialista da OMS afirmou que todos os países têm os países têm protocolos e procedimentos a ser implementados quando há um caso suspeito e que a agência, "como sempre, está pronta a fornecer ajuda e apoio".
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